segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Confucionismo



 


Filosofia, ideologia política, social e religiosa do pensador chinês
Confúcio (551-479 a.C.), grafia latina do nome Koung Fou Tseu (ou
mestre Kung). O princípio básico do confucionismo é conhecido
pelos chineses como junchaio (ensinamentos dos sábios) e define a
busca de um caminho superior (tao) como forma de viver bem e em
equilíbrio entre as vontades da terra e as do céu. Confúcio é mais um
filósofo do que um pregador religioso. Suas idéias sobre como as
pessoas devem comportar-se e conduzir sua espiritualidade se
fundem aos cultos religiosos mais antigos da China, que incluem
centenas de imortais, considerados deuses, criando um sincretismo
religioso. O Confucionismo foi a doutrina oficial na China durante
quase 2 mil anos, do século II até o início do século XX. Fora da
China, a maioria dos confucionistas está na Ásia, principalmente no
Japão, na Coréia do Sul e em Cingapura.



Doutrina - No Confucionismo não existe um deus criador do
mundo, nem uma igreja organizada ou sacerdotes. O alicerce místico
de sua doutrina é a busca do Tao, conceito herdado de pensadores
religiosos anteriores a Confúcio. O tao é a fonte de toda a vida, a
harmonia do mundo. No confucionismo, a base da felicidade dos
seres humanos é a família e uma sociedade harmônica. A família e a
sociedade devem ser regidas pelos mesmos princípios: os
governantes precisam ter amor e autoridade como os pais; os súditos
devem cultivar a reverência, a humildade e a obediência de filhos.
Confúcio ensina que o ser humano deve cultuar seus antepassados
mortos, de forma a perpetuar o mesmo respeito e amor que tem por
seus pais vivos. De acordo com a doutrina, o ser humano é composto
de quatro dimensões: o eu, a comunidade, a natureza e o céu - fonte
da auto-realização definitiva. As cinco virtudes essenciais do ser
humano são amar o próximo, ser justo, comportar-se adequadamente,
conscientizar-se da vontade do céu, cultivar a sabedoria e a
sinceridade desinteressadas. Somente aquele que respeita o próximo
é capaz de desempenhar seus deveres sociais. O único sacrilégio é
desobedecer à regra da piedade.



História - Confúcio nasce em meados do século VI a.C., em uma
família pobre da província de Chan-tung. A China encontra-se
dividida em estados feudais que lutam pelo poder, e sua família é
forçada a se mudar repetidas vezes. Ao regressar a sua terra natal,
reúne o primeiro grupo de discípulos. Suas doutrinas influenciam
todas as esferas da vida chinesa e são a base da educação desde a
unificação da China, no século II, até a proclamação da República
pelo Kuomintang, no século XX. Suas idéias são continuadas por
outros pensadores, como Mêncio Mengtzú (371-289 a.C.) e Hsun-tzu
(300-230 a.C.). As primeiras críticas ao confucionismo surgem com
a República: a doutrina é considerada conservadora e associada às
estruturas feudais. A perseguição aos confucionistas acirra-se após a
ascensão dos comunistas ao poder, em 1949, e sobretudo durante a
Grande Revolução Cultural Proletária (1966-1976).



Os cinco livros - Os ensinamentos do confucionismo estão reunidos
em cinco livros, chamados Wu Ching ou Os Cinco Clássicos, que
incluem textos atribuídos a Confúcio e a outros autores de períodos
anteriores. As obras são o Shu Ching (Clássico de Política); Shih
Ching (Clássico de Poesia); Li Ching (Livro dos Ritos, visão social);
Chun-Chiu (Anais das Primaveras e Outonos, visão histórica) e o I
Ching (Livro das Mutações, que aborda os aspectos metafísicos da
vida). Dos Cinco Clássicos, o I Ching é o mais conhecido no
Ocidente. Ele afirma que o universo é regido por duas forças ou
qualidades, complementares e opostas, o yin (feminino) e o yang
(masculino), que provocam constante mudança. O homem nobre
deve saber equilibrá-las, e, para isso, o livro traz um oráculo baseado
em 64 hexagramas (conjunto de seis linhas que podem ser contínuas
ou interrompidas), cada uma com um texto decifrativo. Na forma de
consulta mais habitual, três moedas são jogadas seis vezes seguidas e
as combinações de cara e coroa indicam o hexagrama. O
confucionismo inclui ainda outras obras importantes, entre os quais o
livro de pensamentos diversos Lun Yu, conhecido no Ocidente como
Analectos.


Rituais e tradições - Os confucionistas prestam culto a seus
antepassados pela veneração e oferendas, que podem ser feitas em
altares domésticos ou nos templos. Os rituais mais importantes são
os da vida familiar, com destaque para o casamento, por criar uma
nova família, e para os funerais. Um dos aspectos do confucionismo
que têm conseguido adeptos no Ocidente é o Feng Shui, conjunto de
definições sobre como construir e ocupar casas ou edifícios, da
escolha do terreno à disposição dos cômodos, suas funções e objetos,
de forma a garantir que a energia vital da terra, chamada Chi, possa
fluir e garantir saúde, harmonia, paz, prosperidade e felicidade a seus
ocupantes.

Este texto pertence a: http://www.amcbr.com.br

Um comentário:

  1. Olá,
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    Eu estou te seguindo, pois falar nisso eu tenho um blog também “ CINEMA MÁGICO “ poderia segui-lo também?
    Seria muito legal você acompanhando nosso blog!
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