quarta-feira, 16 de maio de 2018

A história de Osíris, Ísis e Hórus: como o mito influenciou a vida no antigo Egito

Horus, Osiris e Iris



A lenda de Osíris é um dos mitos mais antigos do Egito e foi fundamental para a antiga religião do estado egípcio. Através dele, muitos fatos do cotidiano passaram a ser explicados e legitimados, como o direito ao trono por Hórus e os faraós, as guerras, a vida após a morte e a criação do Grande Adversário, Set.

Osíris: o primeiro deus dos vivos

Antes dos tempos atuais, os deuses caminhavam sobre a Terra junto aos humanos. Nessa Era de Ouro, Osíris se sentou no trono dos deuses e foi o primeiro faraó do mundo dos vivos, governando por muitas eras junto com sua rainha Ísis. Osíris era justo e correto, e com ele o mundo estava em equilíbrio.
Porém, Set, o irmão de Osíris, cobiçou seu trono e o poder sobre o mundo dos vivos, e quis arrancá-lo de seu irmão. Ele então armou um plano para matar Osíris e ficar em seu lugar.
Set construiu uma caixa e lhe pôs uma magia perversa, que faria com que qualquer um que entrasse nela ficasse preso. Então, ele a levou para a grande festa dos deuses, e esperou que Osíris estivesse embriagado para lhe desafiar em uma disputa, onde cada um deveria entrar na caixa, e depois sair usando sua força.
Osíris, seguro de seu poder, mas fraco por causa da bebida, entrou na caixa, e Set rapidamente derramou chumbo derretido nela. Osíris tentou escapar, mas a magia o prendeu e ele morreu. Set então pegou a caixa e atirou-a no rio Nilo, onde ela foi levada para longe.
Set reivindicou o trono de Osíris para si e exigiu que Ísis fosse sua rainha. Nenhum dos outros deuses ousou ficar contra ele, pois ele havia matado Osíris e poderia facilmente fazer o mesmo com eles, então eles se transformaram em animais para se esconder do malvado Set.

O desequilíbrio do mundo e as guerras

Este foi um tempo sombrio, pois ao contrário de seu irmão, Set era cruel e indelicado, não se importando com o equilíbrio de mundo. A guerra dividiu o Egito e já não havia lei durante seu governo, e o povo gritava e implorava para Rá, mas ele não os queria ouvir.
Apenas Ísis se lembrou de seu povo, e não tinha medo de Set. Então, ela procurou em todo o Nilo pela caixa contendo seu amado marido, até que a encontrou presa em uma árvore, que se tornou grande e poderosa por causa dos poderes de Osíris.  
Ísis levou a caixa de volta para o Egito e colocou-a na casa dos deuses. Ela se transformou em um pássaro, voou sobre o corpo sem vida de Osíris e lhe lançou um feitiço. O espírito de Osíris entrou nela e ela concebeu um filho, cujo destino seria vingar seu pai. A criança foi chamada de Hórus, e foi escondida em uma ilha distante, longe dos olhares de seu tio Set.
Ísis então foi até o sábio Thoth e implorou sua ajuda. Ela pediu a ele que usasse mágica para trazer Osíris de volta à vida. Thoth, senhor do conhecimento, sabia que o espírito de Osíris havia partido de seu corpo e estava perdido, e para que ele pudesse voltar a vida, Thoth teria que refazer seu corpo, para que o espírito o reconhecesse e voltasse.
Thoth e Ísis juntos criaram o Ritual da Vida, que permitiria que os seres vivessem para sempre após a morte. Mas antes que Thoth pudesse trabalhar em sua magia, Set os descobriu. Ele roubou o corpo de Osíris e o cortou em vários pedaços, espalhando-os pelo Egito, para que Osíris nunca pudesse renascer.

O ritual da mumificação e embalsamamento

Anúbis embalsamando

No entanto, Ísis não se desesperou, e implorou a ajuda de sua irmã Néftis, para ajudá-la a encontrar os pedaços de Osíris. Elas procuraram por muito tempo, trazendo cada parte para Thoth, e quando todas as peças estavam juntas, Thoth foi até Anúbis, senhor dos mortos.
Anúbis costurou os pedaços juntos, lavou as entranhas de Osíris, embalsamou-o, enrolou-o em linho e lançou o Ritual da Vida. Quando a boca de Osíris foi aberta, seu espírito entrou e ele viveu novamente.

O julgamento dos mortos

Reino dos mortos

No entanto, nada que tenha morrido, nem mesmo um deus, poderia habitar a terra dos vivos. Então Osíris foi o mundo inferior, onde Anúbis lhe entregou o trono, tornando-o senhor dos mortos. Lá ele é responsável pelo julgamento sobre as almas dos falecidos, levando os justos para a terra abençoada, e condenando os perversos.
Quando Set soube que Osíris estava novamente vivo, ele ficou irado, mas sua raiva diminuiu, pois ele sabia que Osíris jamais poderia voltar para a terra dos vivos. Sem Osíris, Set acreditava que ele se sentaria no trono dos deuses por toda a eternidade. No entanto, enquanto isso, Hórus crescia com valentia e força, escondido na ilha. Quando ele ficou preparado, sua mãe lhe deu uma forte magia para usar contra Set, e Thoth o presenteou com uma faca mágica.

O direito ao trono pelos faraós

Hórus procurou Set e desafiou-o para o trono. Set e Hórus lutaram por muitos dias, mas no final Hórus o derrotou, mas não o matou, pois derramar o sangue de seu tio não o faria melhor que ele.
Ambos reivindicaram o trono, e os deuses começaram a lutar entre si, com uns apoiando Hórus, e outros à Set. Para que o mundo não ficasse mais desequilibrado, os deuses foram procurar o conselho do sábio Neith, que afirmou que Hórus era o legítimo herdeiro do trono. Hórus então mandou Set para a escuridão e governou o Egito. Durante todo o reino egípcio, os faraós legitimaram seu direito ao trono, por serem o próprio Hórus-vivo.
Assim, essa história conta como Hórus cuidou de seu povo durante a vida, e seu pai, Osíris, julga os mortos e os cuida durante sua próxima vida.
Enquanto isso, Set eternamente se esforça por vingar-se, lutando contra Hórus em todas as eras. Quando Hórus vence, o mundo fica em paz, e quando Set vence, há guerras, crise e fome. Porém, os egípcios não se desanimavam, pois sabiam que os tempos sombrios não duravam para sempre, e os raios de Hórus brilhariam mais uma vez.

As "grandes histórias" do mundo

O mito de Osíris é considerado pelo grande autor britânico Neil Gaiman uma das "Grandes Histórias" do mundo. Essas Grandes Histórias fazem parte da experiência humana e elas nunca mudam, exceto em sua forma mais superficial. Seus detalhes pode ser modificados dependendo de quem conta a história, e os personagens podem ter nomes diferentes, mas fundamentalmente, ainda é a mesma história.
Uma versão do mito de Osíris existe em todas as culturas: o rei justo é assassinado por seu irmão cruel, apenas para ser vingado pelo príncipe que segue os passos de seu pai. Às vezes, o rei morto é recompensado por seus modos corretos em sua próxima vida.
Podemos encontrar outras versões da história de Osíris em civilizações próximas, como os gregos e romanos, no longínquo Japão e na China, no cristianismo, e até mesmo em Shakespeare, onde o príncipe vingador se chama Hamlet.
Essa história, assim como muitas outras "grandes histórias", faz parte de um inconsciente coletivo, sendo reproduzida nas mais distintas culturas, como forma de dar uma explicação para os fatos da vida.

Fonte: www.hipercultura.com

quinta-feira, 3 de maio de 2018

William Blake



William Blake (Londres, 28 de novembro de 1757 — Londres, 12 de agosto de 1827) foi um poeta, tipógrafo e pintor inglês, sendo sua pintura definida como pintura fantástica.
Blake viveu num período significativo da história, marcado pelo iluminismo e pela Revolução Industrial na Inglaterra. A literatura estava no auge do que se pode chamar de clássico "augustano", uma espécie de paraíso para os conformados às convenções sociais, mas não para Blake que, nesse sentido era romântico, "enxergava o que muitos se negavam a ver: a pobreza, a injustiça social, a negatividade do poder da Igreja Anglicana e do estado."

Infância

Blake nasceu na "28ª Broad Street", no Soho, Londres, numa família de classe média. Seu pai era um fabricante de roupas e sua mãe cuidava da educação de Blake e seus três irmãos. Logo cedo a bíblia teve uma profunda influência sobre Blake, tornando-se uma de suas maiores fontes de inspiração.
Desde muito jovem Blake dizia ter visões. A primeira delas ocorreu quando ele tinha cerca de nove anos, ao declarar ter visto anjos pendurando lantejoulas nos galhos de uma árvore. Mais tarde, num dia em que observava preparadores de feno trabalhando, Blake teve a visão de figuras angelicais caminhando entre eles.
Com pouco mais de dez anos de idade, Blake começou a estampar cópias de desenhos de antiguidades Gregas comprados por seu pai, além de escrever e ilustrar suas próprias poesias.

Aprendizado com Basire

Em 4 de agosto de 1772, Blake tornou-se aprendiz do famoso estampador James Basire. Esse aprendizado, que estendeu-se até seus vinte e um anos, fez de Blake um profissional na arte. Segundo seus biógrafos, sua relação era harmoniosa e tranquila.
Dentre os trabalhos realizados nesta época, destaca-se a estampagem de imagens de igrejas góticas Londrinas, particularmente da igreja Westminster Abbey, onde o estilo próprio de Blake floresceu.

Aprendizado na Academia Real Inglesa

Em 1779, Blake começou seus estudos na Academia Real Inglesa, uma respeitada instituição artística londrina. Sua bolsa de estudos permitia que não pagasse pelas aulas, contudo o material requerido nos seis anos de duração do curso deveria ser providenciado pelo aluno.
Este período foi marcado pelo desenvolvimento do caráter e das ideias artísticas de Blake, que iam de encontro às de seus professores e colegas.

Casamento

Em 1782, após um relacionamento feliz que terminou com uma recusa à sua proposta de casamento, Blake casou-se com Catherine Boucher. Blake ensinou-a a ler e escrever, além de tarefas de tipografia. Catherine retribuiu ajudando Blake devotamente em seus trabalhos, durante toda sua vida.

Trabalhos

Dante e Virgílio nos portões do Inferno, A Divina Comédia

Blake escreveu e ilustrou mais de vinte livros, incluindo "O livro de Jó" da Bíblia, "A Divina Comédia" de Dante Alighieri - trabalho interrompido pela sua morte - além de títulos de grandes artistas britânicos de sua época. Muitos de seus trabalhos foram marcados pelos seus fortes ideais libertários, principalmente nos poemas do livro Songs of Innocence and of Experience ("Canções da Inocência e da Experiência"), onde ele apontava a igreja e a alta sociedade como exploradores dos fracos.
No primeiro volume de poemas, Canções da inocência (1789), aparecem traços de misticismo. Cinco anos depois, Blake retoma o tema com Canções da experiência estabelecendo uma relação dialética com o volume anterior, acentuando a malignidade da sociedade. Inicialmente publicados em separado, os dois volumes são depois impressos em Canções da inocência e da experiência - Revelando os dois estados opostos da alma humana.
William Blake expressa sua recusa ao autoritarismo em Não há religião natural e Todas as religiões são uma só, textos em prosa publicados em 1788. Em 1790, publicou sua prosa mais conhecida, O matrimônio do céu e do inferno, em que formula uma posição religiosa e política revolucionária na época: "a negação da realidade da matéria, da punição eterna e da autoridade"
(...) Ver o mundo em grão de areia
e o céu em uma flor silvestre,
sustentar o infinito na palma da mão
e a eternidade em uma hora.(...)
"Augúrios de Inocência"
Apesar de seu talento, o trabalho de gravador era muito concorrido em sua época, e os livros de Blake eram considerados estranhos pela maioria. Devido a isto, Blake nunca alcançou fama significativa, vivendo muito próximo à pobreza.

Principais obras

Satã observando o amor de Adão e Eva, Mus. de Belas-Artes - Boston

Poetical Sketches (1783)
There is no Natural Religion (1788)
All Religions Are One (1788)
Songs of Innocence (1789)
Book of Thel (1789)
The French Revolution: A Poem in Seven Books (1791)
Original Stories from Real Life, de Mary Wollstonecraft (1791) (ilustrações)
A Song of Liberty (1792)
The Marriage of Heaven and Hell (1793)
Visions of the Daughters of Albion (1793)
America, A Prophecy (1793)
Songs of Experience (1794)
Songs of Innocence and of Experience (1794)
Europe, a Prophecy (1794)
The Book of Urizen (1794)
The Song of Los (1794)
The Book of Ahania (1795)
The Book of Los (1795)
Night Thoughts, de Edward Young (1797) (ilustrações)
Milton (1804)
The Grave, de Robert Blair (1808) (ilustrações)
Everlasting Gospel (1818)
Jerusalem (1820)
The Ghost of Abel (1822)
Dante's Divine Comedy (1825) (ilustrações)
O livro de Jó da Bíblia (1826) (ilustrações)
O Fantasma de uma Pulga (pintura)

Morte

Monumento próximo ao túmulo sem marca de Blake

No dia de sua morte, Blake trabalhava exaustivamente em A Divina Comédia de Dante Alighieri, apesar da péssima condição física que culminaria no seu fim. Seu funeral, bastante humilde, foi pago pelo responsável pelas ilustrações do livro, e apesar de sua situação financeira constantemente precária, Blake morreu sem dívidas.
Hoje Blake é reconhecido como um santo pela Igreja Gnóstica Católica, e o prêmio Blake Prize for Religious Art (Prêmio Blake para Arte Sacra) é entregue anualmente na Austrália em sua homenagem.
Referências
 "Um profeta obscuro e genial." Por José Antônio Arantes, bacharel em língua e literatura pela USP - tradutor, entre outros, dos autores Virginia Woolf (Nova Fronteira), William Blake e James Joyce (Iluminuras).
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William Blake, o estranho que virou santo Parana-online - consultado em 10 de outubro de 2010

Traduções

1. O Fantasma de Abel/The Ghost of Abel, Juliana Steil (trad.), (n.t.) Revista Literária em Tradução, nº 1 (set/2010), Fpolis/Brasil, ISSN 2177-5141

Ligações externas