De acordo com a lenda de São
Jorge, Jorge teria nascido na antiga Capadócia, que é uma região do centro da
Anatólia que, atualmente, faz parte da Turquia. Quando criança, se mudou para a
Palestina com sua mãe após seu pai morrer em batalha. Sua mãe, ela própria
originária da Palestina, Lida, possuía muitos bens e o educou com esmero. Ao
atingir a adolescência, Jorge entrou para a carreira das armas, por ser a que
mais satisfazia à sua natural índole combativa. Logo foi promovido a capitão do
exército romano devido a sua dedicação e habilidade — qualidades que levaram o
imperador a lhe conferir o título de conde da Capadócia. Aos 23 anos passou a
residir na corte imperial em Nicomédia, exercendo a função de Tribuno Militar.
Nesse tempo sua mãe faleceu e
ele, tomando grande parte nas riquezas que lhe ficaram, foi-se para a corte do
Imperador. Jorge, ao ver que urdia tanta crueldade contra os cristãos,
parecendo-lhe ser aquele tempo conveniente para alcançar a verdadeira salvação,
distribuiu com diligência toda a riqueza que tinha aos pobres.
O imperador Diocleciano tinha
planos de matar todos os cristãos e no dia marcado para o senado confirmar o
decreto imperial, Jorge levantou-se no meio da reunião declarando-se espantado
com aquela decisão, e afirmou que os romanos deviam se converter ao
cristianismo.
Todos ficaram atônitos ao ouvirem
estas palavras de um membro da suprema corte romana, defendendo com grande
ousadia a fé em Jesus Cristo. Indagado por um cônsul sobre a origem dessa
ousadia, Jorge prontamente respondeu-lhe que era por causa da Verdade. O tal
cônsul, não satisfeito, quis saber: “O que é a Verdade?”. Jorge respondeu-lhe:
“A Verdade é meu Senhor Jesus Cristo, a quem vós perseguis, e eu sou servo de
meu redentor Jesus Cristo, e Nele confiando me pus no meio de vós para dar
testemunho da Verdade.”
Como Jorge mantinha-se fiel ao
cristianismo, o imperador tentou fazê-lo desistir da fé torturando-o de vários
modos. E, após cada tortura, era levado perante o imperador, que lhe perguntava
se renegaria a Jesus para adorar os ídolos. Todavia, Jorge reafirmava sua fé,
tendo seu martírio aos poucos ganhado notoriedade e muitos romanos tomado as
dores daquele jovem soldado, inclusive a mulher do imperador, que se converteu
ao cristianismo. Finalmente, Diocleciano, não tendo êxito, mandou degolá-lo no
dia 23 de abril de 303, em Nicomédia (Ásia Menor).
Os restos mortais de São Jorge
foram transportados para Lida (Antiga Dióspolis), cidade em que crescera com
sua mãe. Lá ele foi sepultado, e mais tarde o imperador cristão Constantino
mandou erguer suntuoso oratório aberto aos fiéis, para que a devoção ao santo
fosse espalhada por todo o Oriente.
Pelo século V, já havia cinco
igrejas em Constantinopla dedicadas somente a São Jorge. Apenas no Egito, nos
primeiros séculos após sua morte, construíram-se mais quatro igrejas e quarenta
conventos dedicados ao mártir. Na Armênia, em Bizâncio, no Estreito de Bósforo
na Grécia, São Jorge era inscrito entre os maiores santos da Igreja Católica.
Caro Jonas
ResponderExcluirEu não conhecia a biografia de S. Jorge. Fiquei mais rica com estes conhecimentos. Parabéns pelo seu texto e pesquisas e obrigada pela partilha.
Bom fim de semana
Fico a aguardar uma visita sua.
Um abraço da
Beatriz
Blog- Vida e Pensamentos
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