Espiritualidade, no vocabulário, consiste num estado elevado de mente e
comportamento, atribuído ao impulso que vem de um Ser Divino, Superior. Então,
a pessoa espiritual é aquela que se supõe ser motivada por aquilo que considera
ser um poder superior, sobrenatural, transcendente. Acredita-se que esse guia
interior do pensamento e ação transcenda todo o intelecto e propósito
humano. A pessoa espiritualizada, conscientemente, procura subordinar seus
interesses mundanos e objetivos às suas inclinações subjetivas de conduta
correta e de consciência. Esta inclinação é atribuída ao elemento espiritual do
Ser Humano, ao elo entre o Ser mortal e o que considera Superior,
Transcendente.
É evidente que existem dois aspectos de espiritualidade, no que diz respeito à
sua influência sobre o individuo.
Primeiro há o conceito de que estamos imbuídos de uma essência ou substância,
possuindo uma qualidade divina. Esta, como espírito ou alma, possui uma ordem
mais elevada de julgamento ou direção. Sua qualidade é perfeição; e supõe-se
que, da obediência à mesma, só pode resultar um estado de santidade, uma
extrema e elevada felicidade.
A expressão dessa substância espiritual é sentida como sendo os ditames de um
Ser interior, um estado moral. Através da autoconsciência, ele avisa quando os
atos ou pensamentos de alguém estão em conflito com o mesmo. Naturalmente, a
palavra consciência define eficazmente a função daquilo que se considera o Ser
espiritual. Conseqüentemente, alguém cuja vida estivesse em consonância com o
Ser elevado estaria vivendo de maneira espiritual, sob um dos aspectos do
vocábulo.
Todavia, a espiritualidade não é inteiramente subjetiva. As orientações ou
impulsos da consciência devem ser expressos em termos objetivos, em linguagem
compreensível ao indivíduo. Além disso, devem estar relacionados com o mundo
das coisas e dos acontecimentos, seja no agir ou não-agir. Em outras palavras,
a regra espiritual deve ser traduzida, objetivamente, em conduta e pensamento
que a represente.
Em conseqüência, o segundo aspecto da espiritualidade consiste de um código
moral. Tal código prescreve crenças especiais, traduzidas numa determinada
conduta, que deve ser observada. Origina-se o código de uma tradição sagrada,
como é o decálogo, ou a Lei mosaica, ou dos trabalhos sacros tais como a Bíblia
ou o Alcorão e outros livros sagrados das diversas religiões existentes.
Impulsos no sentido da retidão necessitam de expressão em tal código. Do
contrário, não tem valor. Mas, se cada indivíduo estabelecesse a sua própria
estrutura moral, isto é, externasse aquilo que considera vida espiritual, é
claro que não haveria, para a sociedade, nenhuma uniformidade de conduta moral.
Conforme dizia Hegel, o filósofo alemão, ser moralista é viver em consonância
com as tradições éticas do seu país.
Entretanto, alguém que observasse algum código moral ou espiritual de maneira
objetiva, tais como determinadas regras e regulamentos, poderia não ser
verdadeiramente espiritualizado. Poderia não haver correlação alguma entre a
obediência às regras objetivas e as inclinações subjetivas. Por exemplo, uma
pessoa poderia participar de um sistema espiritual, de um método religioso, por
razões que não decorrem da consciência ou Ser moral. Consciência pública e
consciência particular talvez não coincidam. Por força da lei e receio da
sanção legal, alguém poderia estar de acordo com a consciência pública,
contudo, pessoalmente, poderia ser espiritualmente débil. O impulso interior do
individuo, no sentido de uma idéia moral transcendente, pode ser carente de
alguma coisa. Não havendo restrições para a vontade, não havendo receio de
punição, o comportamento do individuo poderia se tornar muito diverso dos
padrões éticos de ordem geral.
As religiões são sistemas de crenças e comportamentos pelos quais o indivíduo
aspira viver uma experiência que, segundo a sua concepção, o coloca em sintonia
com sua noção de força sobrenatural ou Ser Divino. Ele poderá desejar essa
harmonização a fim de preservar certos valores de vida, como longevidade e
sucesso, ou para se assegurar a respeito de sua imortalidade. Todavia alguém
poderá não ter uma conduta religiosa ou prestar homenagem a qualquer
igreja,seita ou credo da sociedade de que faz parte. Poderá não reconhecer as
tradições da religião. Não obstante, motivada pelo impulso espiritual de querer
se unir a um poder transcendente, ser capaz de analisar os valores morais da
sua coletividade. Pode, então, vir a compreender que certa conduta é necessária
para preservação da sensação de bem-estar que ela deseja, não apenas em relação
ao ser físico, mas, também, para proporcionar a paz e harmonia interior pelas
quais se esforça. Conseqüentemente, a sua conduta, em suas relações humanas,
irá realmente se pautar por aquilo que consideramos os valores morais
justificados. Manifestará, pois, todas as virtudes do religioso formal, muito
embora sem aquela afiliação ou método de adoração deste último.
Tais pessoas são, em princípio, são tão espiritualizadas quanto aqueles bem
caracterizados frequentadores de igrejas ou partidários de credos tradicionais.
Psicologicamente, significa que, por maneira objetiva, em forma intelectual
(doutrina) ou em expressão (ritos e cerimônia), não encontram, nas religiões
estabelecidas aquilo que estaria em harmonia com os seus respectivos espíritos religiosos.
A ciência tem propiciado fatos novos e diferentes em substituição a muito
daquilo que antigamente se aceitava exclusivamente à base de fé. Novas
interpretações nos campos da psicologia, medicina, física quântica e outras
tantas especialidades têm trazido a luz do ser humano esclarecido, explicações
sobre fenômenos antes sem uma explicação lógica e, portanto, atribuídos ao
sobrenatural, mágico ou religioso. Novos canais de expressão da consciência
devem surgir. A mistura entre ciência, filosofia e religião, acabará por
fundir-se em organizações de visão holística abrangente e formadora de um ser
humano com suas potencialidades interiores mais ativas e despertas. Estas
organizações adiantadas estão despertando o interesse dos indivíduos esclarecidos
que, então, passarão a integrar suas causas.
A Ordem Rosacruz, AMORC é uma organização internacional de caráter
místico-filosófico, que tem por missão despertar o potencial interior do ser
humano, auxiliando-o em seu desenvolvimento, em espírito de fraternidade,
respeitando a liberdade individual, dentro da Tradição e da Cultura Rosacruz.
Fonte: Ordem Rosacruz - AMORC
Maiores informações: www.amorc.org.br
Olá Jonas!
ResponderExcluirMuito legal seu blog com ótimo conteúdo gostaria de lhe dar os parabéns e desejar sucesso no seu Hiper Blog e que DEUS ilumine seus caminhos e de seus familiares
Um grande abraço e tudo de bom
Grato pelo seu apreço, grande abraço e um ótimo dia!
ExcluirPaz Profunda.'.