sexta-feira, 12 de abril de 2013

.'. ESPIRITUALIDADE – UMA EXPANSÃO CÓSMICA .'.




Espiritualidade, no vocabulário, consiste num estado elevado de mente e comportamento, atribuído ao impulso que vem de um Ser Divino, Superior. Então, a pessoa espiritual é aquela que se supõe ser motivada por aquilo que considera ser um poder superior, sobrenatural, transcendente. Acredita-se que esse guia interior do pensamento e ação transcenda todo o intelecto e propósito humano. A pessoa espiritualizada, conscientemente, procura subordinar seus interesses mundanos e objetivos às suas inclinações subjetivas de conduta correta e de consciência. Esta inclinação é atribuída ao elemento espiritual do Ser Humano, ao elo entre o Ser mortal e o que considera Superior, Transcendente.

É evidente que existem dois aspectos de espiritualidade, no que diz respeito à sua influência sobre o individuo.

Primeiro há o conceito de que estamos imbuídos de uma essência ou substância, possuindo uma qualidade divina. Esta, como espírito ou alma, possui uma ordem mais elevada de julgamento ou direção. Sua qualidade é perfeição; e supõe-se que, da obediência à mesma, só pode resultar um estado de santidade, uma extrema e elevada felicidade.

A expressão dessa substância espiritual é sentida como sendo os ditames de um Ser interior, um estado moral. Através da autoconsciência, ele avisa quando os atos ou pensamentos de alguém estão em conflito com o mesmo. Naturalmente, a palavra consciência define eficazmente a função daquilo que se considera o Ser espiritual. Conseqüentemente, alguém cuja vida estivesse em consonância com o Ser elevado estaria vivendo de maneira espiritual, sob um dos aspectos do vocábulo.

Todavia, a espiritualidade não é inteiramente subjetiva. As orientações ou impulsos da consciência devem ser expressos em termos objetivos, em linguagem compreensível ao indivíduo. Além disso, devem estar relacionados com o mundo das coisas e dos acontecimentos, seja no agir ou não-agir. Em outras palavras, a regra espiritual deve ser traduzida, objetivamente, em conduta e pensamento que a represente.

Em conseqüência, o segundo aspecto da espiritualidade consiste de um código moral. Tal código prescreve crenças especiais, traduzidas numa determinada conduta, que deve ser observada. Origina-se o código de uma tradição sagrada, como é o decálogo, ou a Lei mosaica, ou dos trabalhos sacros tais como a Bíblia ou o Alcorão e outros livros sagrados das diversas religiões existentes. Impulsos no sentido da retidão necessitam de expressão em tal código. Do contrário, não tem valor. Mas, se cada indivíduo estabelecesse a sua própria estrutura moral, isto é, externasse aquilo que considera vida espiritual, é claro que não haveria, para a sociedade, nenhuma uniformidade de conduta moral. Conforme dizia Hegel, o filósofo alemão, ser moralista é viver em consonância com as tradições éticas do seu país.

Entretanto, alguém que observasse algum código moral ou espiritual de maneira objetiva, tais como determinadas regras e regulamentos, poderia não ser verdadeiramente espiritualizado. Poderia não haver correlação alguma entre a obediência às regras objetivas e as inclinações subjetivas. Por exemplo, uma pessoa poderia participar de um sistema espiritual, de um método religioso, por razões que não decorrem da consciência ou Ser moral. Consciência pública e consciência particular talvez não coincidam. Por força da lei e receio da sanção legal, alguém poderia estar de acordo com a consciência pública, contudo, pessoalmente, poderia ser espiritualmente débil. O impulso interior do individuo, no sentido de uma idéia moral transcendente, pode ser carente de alguma coisa. Não havendo restrições para a vontade, não havendo receio de punição, o comportamento do individuo poderia se tornar muito diverso dos padrões éticos de ordem geral.

As religiões são sistemas de crenças e comportamentos pelos quais o indivíduo aspira viver uma experiência que, segundo a sua concepção, o coloca em sintonia com sua noção de força sobrenatural ou Ser Divino. Ele poderá desejar essa harmonização a fim de preservar certos valores de vida, como longevidade e sucesso, ou para se assegurar a respeito de sua imortalidade. Todavia alguém poderá não ter uma conduta religiosa ou prestar homenagem a qualquer igreja,seita ou credo da sociedade de que faz parte. Poderá não reconhecer as tradições da religião. Não obstante, motivada pelo impulso espiritual de querer se unir a um poder transcendente, ser capaz de analisar os valores morais da sua coletividade. Pode, então, vir a compreender que certa conduta é necessária para preservação da sensação de bem-estar que ela deseja, não apenas em relação ao ser físico, mas, também, para proporcionar a paz e harmonia interior pelas quais se esforça. Conseqüentemente, a sua conduta, em suas relações humanas, irá realmente se pautar por aquilo que consideramos os valores morais justificados. Manifestará, pois, todas as virtudes do religioso formal, muito embora sem aquela afiliação ou método de adoração deste último.

Tais pessoas são, em princípio, são tão espiritualizadas quanto aqueles bem caracterizados frequentadores de igrejas ou partidários de credos tradicionais. Psicologicamente, significa que, por maneira objetiva, em forma intelectual (doutrina) ou em expressão (ritos e cerimônia), não encontram, nas religiões estabelecidas aquilo que estaria em harmonia com os seus respectivos espíritos religiosos. 

A ciência tem propiciado fatos novos e diferentes em substituição a muito daquilo que antigamente se aceitava exclusivamente à base de fé. Novas interpretações nos campos da psicologia, medicina, física quântica e outras tantas especialidades têm trazido a luz do ser humano esclarecido, explicações sobre fenômenos antes sem uma explicação lógica e, portanto, atribuídos ao sobrenatural, mágico ou religioso. Novos canais de expressão da consciência devem surgir. A mistura entre ciência, filosofia e religião, acabará por fundir-se em organizações de visão holística abrangente e formadora de um ser humano com suas potencialidades interiores mais ativas e despertas. Estas organizações adiantadas estão despertando o interesse dos indivíduos esclarecidos que, então, passarão a integrar suas causas.

A Ordem Rosacruz, AMORC é uma organização internacional de caráter místico-filosófico, que tem por missão despertar o potencial interior do ser humano, auxiliando-o em seu desenvolvimento, em espírito de fraternidade, respeitando a liberdade individual, dentro da Tradição e da Cultura Rosacruz. 


Fonte: Ordem Rosacruz - AMORC
Maiores informações: www.amorc.org.br

2 comentários:

  1. Olá Jonas!
    Muito legal seu blog com ótimo conteúdo gostaria de lhe dar os parabéns e desejar sucesso no seu Hiper Blog e que DEUS ilumine seus caminhos e de seus familiares
    Um grande abraço e tudo de bom

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    1. Grato pelo seu apreço, grande abraço e um ótimo dia!

      Paz Profunda.'.

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