domingo, 16 de janeiro de 2011

Os cálculos de Quéops




De todas as pirâmides, a de Quéops, construída no século XXVII antes de Cristo no planalto de Gizé, é a que mais fascina e intriga, desde a Antiguidade, por suas majestosas dimensões.
Em nossos dias, há quem veja nela mais que um túmulo gigante e defendem a idéia  de que se trate de uma obra hermética. Essa tese surgiu quando da escavação do edifício, nos inícios do século XIX: dois britânicos, o editor John Taylor e o astrônomo Charles Piazzi Smith, se entregaram a cálculos a partir dos dados da pirâmide. Segundo os dois, a pirâmide teria sido construída pelo calculo do signo e do número dourado evocado séculos mais tarde por Pitágoras. Além disso, suas quatro faces estão perfeitamente orientadas para os quatro pontos cardeais e seu corredor principal coincide com o ângulo exato que a Terra forma com a estrela Polar. Nada mais era preciso para que toda espécie de mentes julguem desvendar no monumento o testamento esotérico de astrônomos e geômetras egípcios. Sabemos hoje que estes dominavam suficientemente os cálculos matemáticos e que sua construção não deve ter recorrido a qualquer força superior que a tivesse inspirado. Nada impede pensar numa espécie de auge da arquitetura iniciática ou num túmulo destinado a glorificar um rei-deus. O debate continua em aberto.

Extraído do livro: Sociedades Secretas, Larousse

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