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Perante a desproporcionada e fantasiosa mentalidade que hoje grassa por
todas as partes, inclusive entre os que têm obrigação de estudar esse
tema, seria bom lembrar o decreto do Quinto Concílio Ecumênico de
Latrão, em 1516: “Mandamos a todos os que estão, ou futuramente estarão,
incumbidos da pregação, que de modo nenhum presumam (...), ninguém ouse
(...) afirmar o que quer que seja como se o tivesse recebido do
Espírito Santo ou de revelação particular”. Nem se trata de aparições.
Todos os presentes veriam e ouviriam. Nem podem atribuir-se a Deus as
incongruências e alucinações dos videntes...
A Igreja aprova apenas o culto, unicamente, estritamente. Culto à Imaculada de Lourdes com especial atenção aos doentes. Culto a Nossa Senhora do Rosário de Fátima pela paz do mundo... E culto a Nossa Senhora de Guadalupe, Padroeira da América Latina: “Não estou Eu aqui que sou tua Mãe?” O culto sob tal invocação. Sem revelações, sem “segredinhos”, sem ameaças...O culto em Lourdes, Fátima, Guadalupe e tantos outros lugares só foi aprovado pela Igreja depois dos milagres que Deus ali realizou. Porque os milagres são a “assinatura”, o “visto” de Deus. As visões são em si mesmas naturais, mas os milagres com elas relacionados provam que esse culto é especialmente querido por Deus. Apoiado nos milagres, no dia 12 de dezembro de 1531, Dom Juan de Zumárraga, primeiro bispo do México, aprovou o culto a Nossa Senhora de Guadalupe. Em 1556, o segundo bispo do México, Dom Alfonso de Montúfar, não só voltou a aprovar o culto como refutou sabiamente os ataques tendenciosos lançados contra a historicidade dos acontecimentos.
O Papa Pio X, em 24 de agosto de 1910, declarou Nossa Senhora de Guadalupe “Celestial Padroeira da América Latina”. De nossa América Latina, terceiro mundo, que pouco conhece e por isso não acode à Protetora que tem... Mas brilha a esperança: a basílica de Guadalupe recebe já anualmente cerca de 20 milhões de peregrinos... Em 25 de maio de 1754, o inigualável sábio Papa Bento XIV ratificou o culto a Nossa Senhora de Guadalupe, e como conclusão das suas insuperáveis pesquisas lembrou um Salmo (Sl 147,20): O que Deus fez com a América Latina “non fecit taliter omni nationi” (“não fez de tal maneira com nenhuma outra nação”). Queremos neste seis artigos ver o que Deus fez para garantir que Nossa Senhora de Guadalupe é a Mãe, Rainha e Protetora... Da América Latina pelas declarações oficiais da Igreja. Na realidade, na expressão de Bento XIV referendada por outros papas, também de todos os países de língua espanhola. (E além disso, com muito orgulho e súplica, o CLAP, desde a sua fundação, proclama Nossa Senhora de Guadalupe como sua Padroeira). Queremos concretamente ver como Deus “assinou” mais que em quaisquer outras nações...
O Povo Asteca.
Quando no dia 8 de novembro de 1519 Hernán Cortés chegou ao México com
um reduzido grupo de soldados espanhóis, as populações locais já
existiam há quarenta mil anos na América Latina. Existiam, produzindo
altas culturas com saberes sofisticados. Quase meio século depois, o
historiador Bernal Diaz Del Castillo ainda se lembrava da admiração dos
espanhóis quando avistaram pela primeira vez a grande cidade de
Tenochtitlán (hoje México), cujos edifícios refletiam-se nos lagos
salgados. O império asteca terminou sob o domínio de Hernán Cortés em
1521.
O cristianismo chegou ao México com os conquistadores. Guerreiro e religioso, o povo asteca convivia com a morte na prática de seu politeísmo. Entre tantas lendas, acreditavam que os deuses Céu e Terra geraram os deuses Lua e Estrelas. Mas um dia Tonantzin, a deusa Terra, enquanto caminhava pelo deus monte Tepeyac, ficou grávida, concebendo o deus Sol. É por isso que o Sol nasce na Terra e não no Céu, como a Lua e as Estrelas. As deusas Estrelas não gostam do deus Sol, por ser filho adulterino de Tonantzin e Tepeyac. E a cada dia o deus Sol sob o ataque das deusas Lua e Estrelas, vai apagando-se pouco a pouco até cair totalmente vencido no final do dia, deixando o horizonte manchado do vermelho de seu sangue.
Com a dominação espanhola, os sacrifícios
humanos foram proibidos. O topo da pirâmide onde se celebravam os
sangrentos sacrifícios foi destruído, e no seu lugar foi construída a
Igreja de Santiago, ainda hoje conservada.
Mas continuavam vivos os mitos religiosos entre o povo. Os missionários esforçaram-se muito para que os astecas descobrissem e aceitassem o verdadeiro Deus, criador do sol, a terra, a lua e as estrelas. Mas poucos se convertiam. A idolatria estava arraigada neles. No “Colóquio dos doze apóstolos franciscanos com os sábios astecas”, estes não aceitaram que suas tradições religiosas fossem extintas: “E agora nós devemos destruir a antiga regra de vida?”
A Nova Religião. Poucos anos depois, em
1531, “a antiga regra de vida” ia ser abandonada espontaneamente. Oito
milhões de índios pediriam o batismo católico, por amor a uma jovem
Rainha que um deles disse ter visto no monte Tepeyac. A jovem Rainha
vestia as cores com que a rainha dos astecas se vestia nas grandes
festas. E a jovem Rainha não era deusa. Era superior aos “deuses” sol,
lua, estrelas, porque com eles se ornava. Mas estava em adoração ao
fruto do Seu ventre. Usava o cinto de arminho que a rainha dos astecas
usava quando estava grávida. Quem seria o Menino que a jovem Rainha
esperava? Sobre o peito levava um broche com a Cruz de Cristo, tal como
estava nos estandartes dos conquistadores espanhóis.
Os missionários franciscanos, batizavam até 15 mil índios por dia onde hoje está a linda igreja de “El Pozito” (o Poçinho).
Precisamente a Igreja de “El Pozito” foi mandada
construir pelo segundo bispo de México, Dom Alonso de Montúfar, para
possibilitar tantos batizados
Toda a nação asteca,
como um só homem, batizou-se e fez-se instruir na religião que veio com
aquela jovem Rainha. Ela “pode ser chamada com todo o direito a Primeira
Evangelizadora da América”, frisava João Paulo II, em 6 de maio de
1990.
O índio, hoje São Juan Diego, não podia saber que o lugar, no Tepeyac, onde ele estava tendo a visão da jovem Rainha era exatamente o centro geográfico, milimetricamente, o umbigo de todo o continente americano. Símbolo de que a Senhora desejava ser também Rainha das Américas. E de fato, em 1945, Pio XII interpretava este simbólico de suposto desejo de Nossa Senhora de Guadalupe, declarando-a “Imperatriz de todas as Américas”. Texto extraído de: http://www.clap.org.br |
sábado, 10 de dezembro de 2011
Nossa Senhora de Guadalupe
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Passando pra uma visita, goste de ler sobre o catolicismo, é bom saber sempre mais...beijos
ResponderExcluirMenduiña