terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Os Essênios



Os Essênios (português brasileiro) ou Essénios (português europeu) (Issi'im) constituíam um grupo ou seita judaica ascética que teve existência desde mais ou menos o ano 150 a.C. até o ano 70d.C. Estavam relacionados com outros grupos religioso-políticos, como os saduceus.
O nome essênio provém do termo sírio asaya, e do aramaico essaya ou essenoí, todos com o significado de médico, passa por orum do grego (grego therapeutés), e, finalmente, por esseni do latim. Também se aceita a forma esseniano.

Descobertas

Dentre as comunidades, tornou-se conhecida a de Qumran em 1955, nas regiões do Qumran, zona árida e quente próximo ao Mar Morto, foram encontrados jarros com manuscritos que continham documentos, revelações, leis, usos e costumes de uma comunidade de essênios. O Essenismo é transcrito pela primeira vez por Filon e Flávio Josefo, onde citavam que era uma ordem que havia se afastado do judaismo tradicional por motivos desconhecidos, seus costumes se diferenciam em determinados pontos. Iniciaram seus estudos nos séculos que vão desde o ano 150 (A.C) ao 70 (D.C.). O Essenismo foi melhor revelado na história oficial, pela descoberta dos famosos "Manuscritos do Mar Morto", que são uma coleção de centenas de textos e fragmentos de texto encontrados em cavernas de Qumran. Mesmo após décadas de trabalho e controvérsias, a tradução integral dos manuscritos do mar Morto foi completada em 2002, mas não havia nenhuma referência direta a Jesus, João Batista ou aos primeiros cristãos. Os essênios provavelmente foram exterminados pelos romanos, ou obrigados a deixar suas comunidades e fugir para salvar suas vidas, por volta do ano 68 d.C. 

História

Durante o domínio da Dinastia Hasmonéa, os essênios foram perseguidos. Retiraram-se por isso para o deserto, vivendo em comunidade e em estrito cumprimento da lei mosaica, bem como da dos Profetas. Na Bíblia não há menção sobre eles. Sabemos a seu respeito por Flávio Josefo (historiador oficial judeu) e por Fílon de Alexandria (filósofo judeu). Flávio Josefo relata a divisão dos judeus do Segundo Templo em três grupos principais: Saduceus, Fariseus e Essênios. Os Essênios eram um grupo de separatistas, a partir do qual alguns membros formaram uma comunidade monástica ascética que se isolou no deserto. Acredita-se que a crise que desencadeou esse isolamento do judaísmo ocorreu quando os príncipes Macabeus no poder, Jonathan e Simão, usurparam o ofício do Sumo Sacerdote, consternando os judeus conservadores. Alguns não podiam tolerar a situação e denunciaram os novos governantes. Josefo refere, na ocasião, a existência de cerca de 4000 membros do grupo, espalhados por aldeias e povoações rurais.

Doutrina

Dividiam-se em grupos de 12 com um líder chamado "mestre da justiça";
Vestiam-se sempre de branco;
Acreditavam em milagres pela mão, milagres físicos e benção com as mãos. (Acredita-se que as curas por imposição de mãos sejam semelhantes ao Reiki oriental.)
Realizavam curas com ervas medicinais e aplicação de argila;
Aboliam a propriedade privada;
Eram todos vegetarianos;
Alguns mestres não se casavam, todavia o celibato não era obrigatório;
Tomavam banho antes das refeições;
A comida era sujeita a rígidas regras de purificação.
Eram chamados de nazarenos por causa do voto nazarita.
Realizavam o ritual do Batismo nas águas aos iniciados;
Guardavam o Nome de Deus, dito impronunciável pelos Fariseus e Saduceus, o tetragrama sagrado YHWH (pronunciado como Yah ou Jah na tradição Essênia.)
Era costume que os nomes de seus membros tivessem o nome de Deus, ex: Obadias = ObadiYah, Jeremias = YarmiYah, João = YahUkhanaan, Jesus ou Josué = YahShua, Tiago ou Jacó = YahKov;
Acreditavam que a Natureza, os seres humanos e todas as coisas vivas eram o verdadeiro Templo de Deus, pois Ele não habitava em lugares feitos pelas mãos dos homens, mas sim as coisas vivas e que as ofertas a Deus eram o partilhar da comida para com os famintos, sejam homens ou animais.
Rejeitavam as práticas Farisaicas de sacrifício de animais para expiação dos pecados;
As mulheres eram iguais aos homens na sociedade, podendo inclusive serem Mestres da justiça (acredita-se que Maria, a mãe de Jesus e Maria Madalena foram Mestres da Justiça.)
Não tinham amos nem escravos. A hierarquia estabelecia-se de acordo com graus de pureza espiritual dos irmãos, os sacerdotes que ocupassem o topo da ordem.
Eles se proclamavam "a nova aliança" de Deus com Israel, mais tarde este mesmo termo aparece na literatura cristã como "novo testamento" e tambem grande parte das práticas judaica essênias.
Segundo Christian Ginsburg (historiador orientalista), os essênios foram os precursores do Cristianismo, pois a maior parte dos ensinamentos de Jesus, o idealismo ético, a pureza espitirual, remetem ao ideal essênio de vida espiritual. A prática da banhar-se com frequência é fruto do ritual da Tevilah, onde o Judeu mergulha em um micvê em certas ocasiões para se purificar.

Fonte: Wikipédia

5 comentários:

  1. Achei interessantissimo e idenfiquei muito do cristianismo e do velho testamento se pegassemos esse texto para um pastor analizar excluindo o nome essenio ele provavelmente diria se tratar do povo Hebreu ou Judeu tirado o VT existem realtos muito discutidos em algumas vertentes do cristianismo (nos estudo teologicos )que falam que Jesus era Essenio(alguns ate comprovam por seus meios) eu confesso me emocionei em algumas partes por me identificar ,,,com a cura pela medicina,,,que pra mim é totalmente divina e com a imposicao de maos como diz na Palavra de Deus e principlamente por crer que o Senhor,principalmente o verbo encarnado Jesus Cristo não nescessita de templos de pedra e sim de pessoas viv para habitar alias nõs seres vivos necessitamos Deele para que habite em nôs,fiquei feliz com o que li s'o não entendi uma coisa..porque tantos simbolos egipicios..? Aguardo sua resposta e visitinha no meu blog www.papodevirtude.blogspot.com.br

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    1. Feliz pelo comentário... A respeito dos símbolos egípcios, me identifico...

      Obrigado.

      Att.
      Jonas R. Sanches

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  2. Fernanda a cultura daquela época era baseada na cultura Egípcia, mas entenda-se isso mais como se uma mostra da cultura que deve ser experienciada como universal, afinal a cultura humana tem uma identidade oriunda duma mesma fonte original, nosso Pai único... Deus!!!
    -Shalom Adonai!!!

    Obs. Só que pra vivermos tal universalidade páginas como esta deverão ter não 3 comentários e sim 3 trilhões deles...

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