quinta-feira, 29 de setembro de 2011

29 de Setembro - Dia dos Arcanjos Miguel, Gabriel e Raphael


O mês de setembro se tornou o mais festivo para os cristãos, pois a Igreja unificou a celebração dos três arcanjos mais famosos da história do catolicismo e das religiões: Miguel, Gabriel e Rafael, para o dia 29 de setembro, data em que se comemorava apenas o primeiro.

Esses três arcanjos, representam a alta hierarquia dos anjos-chefes, o seleto grupo dos sete espíritos puros que atendem ao torno de Deus e são seus "mensageiros dos "Decretos Divinos", aqui na Terra.

Miguel, que significa "Ninguém é como Deus", ou "Semelhança de Deus" é considerado o Príncipe guardião e guerreiro, Defensor do trono celeste e do povo de Deus. Fiel escudeiro do Pai Eterno, chefe supremo do exército celeste e dos anjos fiéis a Deus. Miguel é o arcanjo da justiça e do arrependimento, padroeiro da Igreja Católica. Costuma ser de grande ajuda no combate contra as forças maléficas. É citado três vezes na Sagrada Escritura, que narramos na sua página. O seu culto é um dos mais antigos da Igreja.

Gabriel, seu nome significa "Deus é meu protetor" ou "Homem de Deus" . É o Arcanjo anunciador por excelência das revelações de Deus e é, talvez, aquele que esteve perto de Jesus na agonia entre as oliveiras. Padroeiro da Diplomacia, dos trabalhadores dos correios e dos operadores dos telefones. Comumente está associado a uma trombeta, indicando que é aquele que transmite a Voz de Deus, o portador das notícias. Na sua página descrevemos com detalhes as suas aparições citadas na Bíblia . Além, da missão mais importante e jamais dada a uma criatura, que o Senhor confiou à ele: o anúncio da encarnação do Filho de Deus. Motivo que o fez ser venerado, inclusive no islamismo.

Raphael, cujo significado é "Deus te cura" ou "Cura de Deus" ou teve a função de acompanhar o jovem Tobias, personagem central do livro Tobit, no Antigo Testamento, em sua viagem, como seu segurança e guia. Foi o único que habitou entre nós, esta passagem pode ser lida na página dedicada à ele. Guardião da saúde e da cura física e espiritual, é considerado também o chefe da ordem das virtudes. É o padroeiro dos cegos, médicos, sacerdotes e, também, dos viajantes, soldados e escoteiros.

A Igreja Católica considera esses três arcanjos, poderosos intercessores dos eleitos ao trono do Altíssimo. Durante as atribulações do cotidiano eles costumam nos aconselhar e auxiliar, além é claro, de levar as nossas orações ao Senhor, trazendo as mensagens da divina providencia. Preste atenção, ouça e não deixe de rezar para eles.

domingo, 25 de setembro de 2011

A VIDA (...um dia você aprende...) - William Shakespeare





"Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes, não são promessas. E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.


E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.


Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo. E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... E aceita que não importa quao boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.


Descobre que leva-se anos para construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida.


Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem da vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.


Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam, percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa - por isso, sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a ultima vez que as vejamos.


Aprende que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser. Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.


Aprende que não importa onde já chegou, mas onde está indo, mas se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve.


Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.


Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências.

Aprende que paciência requer muita prática. Descobre que algumas vezes, a pessoa que você espera que o chute quando você cai, é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.

Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas, do que com quantos aniversários você celebrou.


Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.


Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.


Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.


Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo.

Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.

Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte.


Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás. Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores.


E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!"

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(Texto de William Shakespeare)

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

A Vida de Buda


A Vida do Buda  Siddharta Gautama

Siddharta Gautama, o BUDA, foi um príncipe que renunciou o trono para ir em busca da verdade.
A história dos 80 anos de BUDA sobre a face da Terra constitui um dos mais notáveis acontecimentos na história da humanidade. Sua própria vida representa o caminho a seguir por todo aquele que se esforça para descobrir a força da criação e se libertar de todo sofrimento. Tudo, absolutamente tudo em sua vida tem um profundo significado. O próprio nome BUDA quer dizer: «O Desperto, O Iluminado».
Nasceu no século VI a.C., contemporâneo de Sócrates, Confúcio e Dêutero-Isaías (profundo influente do Cristianismo). O aparecimento quase simultâneo destes grandes homens nos indica um engrandecimento no Espírito da humanidade daquela época.
A Siddharta Gautama, como homem, faz tempo que o esperavam. Dizem as tradições que a cada 2.500 anos aproximadamente há de vir um Buda à Terra para fazer girar a roda do Dharma ou da Lei, e assim os homens buscadores da verdade podem ter uma nova oportunidade para alcançar a liberação.
Por si só, o nascimento de Buda está descrito com uma simbologia muito semelhante à do grande Kabir Jesus, Mestre dos Mestres.
A lenda conta que Maya, a mãe de Buda, (cujo nome significa em sânscrito «Ilusão» ou também o «Universo Manifestado»), passava uma temporada de abstinência e castidade no Palácio do Reino de Kapilavastu, no norte da Índia, quando, numa manhã, foi vencida pela sonolência, deitando-se na cama real de seu aposento. E começou a ter um sonho muito especial.
A Rainha Maya sonhou que os quatro reis celestiais, os senhores das quatro direções do Mundo de Tusita, a Terra da felicidade, a levantavam junto com a cama, transportando-a sobre a Cordilheira do Himalaia. Chegando a um ponto além dos altos cumes, deixaram-na sob uma árvore, afastando-se respeitosamente. Chegaram as esposas dos quatro Reis e a banharam cuidadosamente, purificando-a de toda mancha humana, levando-a a uma cama divina que tinha a cabeceira para o Leste.
No horizonte, começou a brilhar uma estrela com esplendor sobrenatural que desceu e se acercou do local onde estava Maya. Quando a estrela alcançou a terra, transformou-se num Elefante Branco que, aproximando-se, apanhou com sua tromba um loto branco e ao colocá-lo sobre o flanco da Rainha, este desapareceu introduzindo-se no útero.
Nesse momento, o Bodhisattva de compaixão entrou no corpo de sua mãe.
Concepção Imaculada, o Espírito Santo para os hindus tem a forma de Elefante Branco.
Todo Avatara, nos mundos internos, nasce do Espírito Santo, e Buda não foi uma exceção.
A Rainha Maya despertou e com grande agitação contou o sonho ao seu esposo, o Rei Suddhodana. Este, por sua vez, perguntou aos Brâmanes se o sonho era bom ou de mau presságio.
Os sacerdotes lhe anunciaram que nasceria em sua família um grande Ser. Alguém que seria ou um grande Rei ou um Buda.
Devemos saber aqui que o reino de Kapilavastu era pequeno e débil militarmente, e estava continuamente ameaçado por outro reino mais poderoso. Assim, ante a idéia de que o filho conseguiria solidificar e expandir o seu reinado, o Rei tratou de educá-lo intensamente nas artes guerreiras e palacianas.
Sete dias após o nascimento de Gautama, Maya, sua mãe, morreu.Rainha Maya- Mãe de Buddha
Aqui há várias explicações: em uma delas os Brâmanes dizem que as mães de Budas morrem sempre depois de ter seus ilustres filhos, pois o ventre que foi ocupado por um Bodhisattva é como o santuário de um templo e não pode ser reocupado.
Outra explicação bem mais profunda é que ao nascer o Buda, o Universo Manifestado (ou Maya) se recolhe e desaparece.
Conforme passaram os anos, o Príncipe Siddharta, além de estudar os afazeres de um futuro Rei, entregava-se cada vez mais aos pensamentos profundos, comprazendo-se na Solidão e na Meditação.
Mas o Rei Suddhodana, desejoso de que o seu filho fosse um digno sucessor, fazia o possível para que não se apresentassem as questões que o fariam tomar o caminho da Renunciação: Por que existe a doença? Por que morremos e por que envelhecemos?
Antigamente, tanto na Índia como no mundo oriental em geral, havia um costume - os homens, quando chegavam a determinada idade, à qual hoje denominaríamos aposentadoria, eram levados a um retiro no bosque e lá meditavam sobre sua própria vida, após ter passado por uma etapa de aprendizagem e outra de família e trabalho.
Em geral, o primeiro período, o de estudo, começava aos sete anos e durava até os vinte. Depois se iniciava a segunda fase, a mais longa de todas, que durava trinta anos e era dedicada à família, aos filhos e aos negócios, cumprindo-se tudo isso como um bom chefe de família.
Uma vez cumprindo os deveres como chefe de família e após ter gerado um herdeiro que ocupasse seu lugar, eles tinham a liberdade de se retirar para viver no bosque, refletindo com calma sobre os cinqüenta anos anteriores, alcançando plena maturidade filosófica.
Depois de completado esse período de ascetismo e prática religiosa, saíam do bosque e passavam a última parte da vida vagueando de um lugar a outro, mendigando e dependendo unicamente de esmolas para a subsistência.
A história nos conta que Sakyamuni passou muito rapidamente por essas quatro etapas, tão grande era seu anelo de encontrar a Fonte, a Origem do Universo.
Aos 16 anos casou-se com Yosodhara tendo um filho: Rahula (que significa: «Impedimento»).
Este foi um acontecimento de grande importância, pois Siddharta passou a ter um herdeiro para continuar a sucessão ao trono e por sorte ele mesmo ficava livre para renunciar os seus direitos e abraçar a vida religiosa.

A GRANDE PARTIDA

A tradição nos oferece quatro encontros como razões que culminaram para que Siddharta abandonasse o seu palácio e se dedicasse à vida religiosa. De acordo com antigos relatos, Sakyamuni passava a maior parte do tempo confinado no Palácio Real, protegido por seu pai, para que não visse nem conhecesse as desgraças da vida. Mas em quatro ocasiões conseguiu traspassar os portões do palácio em companhia do seu cocheiro.
Ele encontrou uma vez, diante da carroça, um ancião, depois um doente e na terceira vez viu um cadáver. Por fim reparou num homem com a cabeça raspada e olhos serenos, era um renunciante que havia se entregado à vida religiosa.
Sakyamuni então, profundamente comovido, resolveu abandonar seu lar e levar a mesma vida daquele homem, com o firme propósito de averiguar qual era a causa de todo sofrimento, doença, velhice e morte.
A lenda que se refere às quatro saídas do palácio expressa, de forma simbólica, o processo de despertar as quatro nobres verdades que mais adiante estudaremos.
Seja como for, Sakyamuni havia descoberto a dor e o sofrimento do seu povo. E sabendo que a força militar nunca pode brindar uma solução duradoura ao problema dos sofrimentos humanos, não tentou ajudar o seu povo mediante o recurso das armas, mas começou a trilhar um caminho que, segundo ele, esperava conduzir à verdadeira Liberação.
Antes de converter-se num rei que exerce poder político no mundo temporal, decidiu converter-se num rei filósofo no âmbito metafísico e solucionar a causa de todo sofrimento.
Assim, após os quatro sinais, Sakyamuni, seguindo os costumes de sua época muito prontamente, iniciou sua caminhada espiritual, seguindo as ordens que procediam do lugar mais íntimo e profundo de seu Ser.
Uma noite, acompanhado do seu cocheiro, saiu do palácio e já longe dali despediu-se do servente e amigo. Conta-se que em poucos dias o cavalo morreu de tristeza devido à separação de Gautama, seu amo. Siddharta trocou suas luxuosas roupas por outras mais humildes e cortando os cabelos seguiu para o bosque, em busca da Verdade.

A VIDA RELIGIOSA NO BOSQUE

Naqueles dias, o Bramanismo estava sendo questionado e havia uma multidão de seitas e escolas para todos os gostos, nas quais cada uma comungava sua especial maneira de libertar-se da dor deste mundo.
Havia, sobretudo, novos pensadores que traziam práticas religiosas baseadas em diferentes filosofias e que repudiavam deliberadamente a tradição, levando essas práticas a um ascetismo extremo como sentar-se nu sob o Sol em pleno calor, comer só ervas silvestres, etc.
Estas pessoas eram, naqueles tempos, puros opositores, como os «hippies» da atualidade, só que eram muito mais drásticos.
Siddharta logo aprendeu que o mundo estava repleto de uma infinidade de religiões.
Alguns devotos religiosos atormentavam a si mesmos com a idéia de evitar a maturação de um karma. Outros rezavam para um Deus com a esperança de que fossem livrados dos efeitos dos seus pecados e lhes fosse permitido nascer em um mundo celestial. Outros buscavam a emancipação mediante a disciplina mental, as boas obras e a atenção aos ritos cerimoniais.
Qual destes métodos de salvação, se havia algum, era o eficaz?
Naqueles tempos existiam dois ermitãos Bramanes ao pé de um monte e Sakyamuni decidiu submeter-se aos seus ensinamentos.
Os sábios eremitas orientais eram considerados pessoas com grande sabedoria e poder. Capazes de voar pelos ares em grande velocidade, andar sobre as águas e de outras inusitadas façanhas.
Esses eremitas eram considerados grandes autoridades nos temas religiosos e metafísicos, motivo pelo qual Sakyamuni os elegeu como mestres.
Ali, entrou em cheio na prática da ioga que é o que caracteriza a terceira fase da vida de qualquer oriental: conseguir a concentração mental, a introspecção no próprio ser interno e a verdadeira emancipação do corpo através do controle psíquico.
A ioga, naqueles tempos, era considerada um meio de liberação dos sofrimentos inerentes à condição humana.
Aqueles eremitas lhe ensinaram disciplinas de meditação que depois ficaram impressas na prática do budismo.
Estas técnicas chamam-se: «Conseguir a esfera do nada» e «O lugar onde não há nem pensamento nem não pensamento».
Como dizíamos, estes estados de concentração ficaram depois incorporados nos métodos budistas de meditação e disciplina, mas dentro das dez etapas do progresso a Buda elas ocupavam os passos mais inferiores, pois estas meditações não conduzem ao sossego das paixões nem à cessação, à tranqüilidade, ao supremo despertar ou à liberação total, mas somente à esfera onde «nada existe».
O objeto da busca de Sakyamuni era aquela classe de iluminação que pudesse libertar a humanidade dos sofrimentos que entranha o ciclo de nascimentos e mortes.
Ao compreender que aqueles métodos não o conduziriam à meta que aspirava, Sakyamuni os abandonou e se entregou às práticas ascéticas.

AS PRÁCTICAS ASCÉTICAS

Segundo comentamos, Sakyamuni, convencido de que não conseguiria a iluminação a que aspirava seguindo os preceitos dos dois mestres ioguis, decidiu dedicar-se a outras práticas ascéticas. A tradição diz que ele esteve de 6 a 10 anos no mais puro ascetismo. Dizem as mesmas fontes que ele foi a um bosque próximo da aldeia de Sena, que era um lugar de reunião de Brâmanes que tinham abandonado suas famílias e estavam praticando austeridades.
Fakir- Bramanes- As Práticas ascéticas
A prática de austeridades, como a meditação iogue, era considerada um método para atingir o progresso espiritual e se recorria muito a ela.
Acreditava-se que submetendo o corpo a diversos métodos ou processos de mortificação e aprendendo a suportar a dor seria possível atingir a liberação total do espírito.
Estas disciplinas foram classificadas em várias categorias: as relativas ao controle da mente, a suspensão da respiração, o jejum total e uma dieta severa.
O exercício de suspender a respiração é considerado um dos mais difíceis. Primeiro a pessoa concentra-se para impedir que a respiração entre e saia através do nariz e da boca. É de se supor que isso conduza ao sufocamento, mas quando a pessoa suspende os orifícios nasais e da boca, começa a respirar pelos ouvidos. Afirma-se que isto provoca um forte zumbido nos ouvidos e dores intoleráveis. Quanto ao jejum, muitos desencarnavam nesta prática.
Sakyamuni acreditava, como outros buscadores, que se não experimentasse os sofrimentos e durezas de semelhantes práticas, não poderia alcançar um verdadeiro progresso espiritual.
Quando Sakyamuni recordava aquele período da sua vida, dizia, conforme é citado nos textos, que nenhum brâmane do passado, do presente ou do futuro tinha sofrido nem sofreria as severas autotorturas que ele se infligiu e que, no entanto, não lhe permitiram alcançar a iluminação.
Assim, Gautama abandonou aquelas práticas e decidiu esforçar-se, a partir de então, nem em um extremo nem em outro, pois compreendeu o significado profundo do Caminho do Meio.
Este caminho recusa a vida que levou no meio do luxo do palácio e a vida de severas práticas ascéticas, pois estas duas formas pertencem ao dualismo. O caminho do meio é o equilíbrio e nos conduz firmes à liberação.

A ILUMINAÇÃO

Naquela época, após praticar as mais severas austeridades sem atingir a iluminação, Sakyamuni resolveu abandonar aquelas práticas.
Seu primeiro passo foi tentar recuperar as forças tão gravemente prejudicadas pelas privações sofridas.
Esculturas budistas representavam Sakyamuni, nesta etapa, totalmente consumido.
Segundo a lenda, Gautama começou a banhar-se no rio para limpar toda sujeira que o seu corpo havia acumulado e começou, aos poucos, a comer arroz e a alimentar-se melhor até recuperar-se totalmente.
Deixou aquele bosque e os discípulos que tinha o abandonaram, imputando-lhe o haver se desviado e caído na boa vida.
Com o firme propósito de encontrar a raiz de todo o sofrimento, sentou-se sob um Tipal ou figueira hindu, decidido a não se levantar dali ainda que caíssem sua pele e sua carne, até encontrar a solução, o encontro com a realidade última de todas as coisas.

A TENTAÇÃO DE MARA

De maneira que Sakyamuni tomou assento sobre a esteira à sombra da árvore, decidido a atingir a iluminação.
Adotou a postura de loto, que era a maneira habitual de sentar-se nas práticas da meditação.
Aqui as escrituras narram as tentações de Mara. A tentação de Mara é muito importante em todo processo iniciático e de iluminação.
A Tentação de Mara
Segundo as escrituras, Mara, que significa «O arrebatador da vida», que não é outro que o ego psicológico, elementos desumanos que em nosso interior carregamos, existência pós existência. Mara estava alarmado ante a perspectiva de triunfo de Gautama, e disse ao futuro Buda:
«Consumido e pálido como estás, te encontras à beira da morte. Tens só uma possibilidade de sobreviver em mil. Deverias viver, pois só estando vivo ser-te-á possível realizar boas ações... Mas todos os teus esforços atuais são vãos e inúteis, pois o caminho que conduz ao verdadeiro Dharma é duro, penoso e inacessível».
Mara falou com ele uma e outra vez desta maneira, querendo desanimá-lo, mas Gautama permaneceu impassível até vencer o que é chamado de o demônio interno ou as intimidações e resistências do Ego.
iluminação ocorreu na aurora, com a proximidade do amanhecer - o olho da sabedoria recebeu sublime claridade. Quando a estrela da manhã começou a brilhar, Sakyamuni sentiu que toda a sua vida acontecia como um estalo, e em um instante distinguiu a realidade final de todas as coisas. Naquele momento converteu-se num Buda.
Ao anoitecer, após haver passado pelos quatro estados de dhyana ou intensa meditação, atingiu o primeiro grau: desapego dos sentidos, depois o segundo grau que se distingue por uma completa concentração da mente e uma sensação de alegria. No terceiro grau é submergido na paz e na serenidade sem limites, e no quarto grau atingiu um estado de suprema pureza, além de todo sofrimento ou gozo, de toda pena ou alegria.
Após haver conseguido completo domínio dos quatro graus de dhyana, ele se foi em busca da origem de todo o sofrimento.
E se diz que nessa noite recordou sua primeira, segunda, terceira vida e assim recordou milhares de existências em inúmeros aeones e conheceu que classe de morte tinha tido em uma e outra, que classe de vida, se feliz ou dolorosa.
Viu e experimentou isso vividamente com o olho da sabedoria completamente aberto.
Os ensinamentos de Buda nos falam dos seis reinos pelos quais a alma passa, de um a outro, sem alcançar a liberação final...
Depois, na segunda fase da noite, completou o mundo inteiro e viu os processos de todas as criaturas que nasciam e morriam segundo suas ações acumuladas ou karma. Aqueles seres cujos atos eram pecaminosos passavam a uma esfera de miséria, aqueles cujas ações eram boas ganhavam um lugar no triplo céu.
Naquele momento captou a lei do karma que governa o universo.
Na terceira fase da noite, a verdade final: as 12 CAUSAS DO ETERNO RETORNO. São a verdadeira causa da origem de todo o sofrimento.
Compreendeu as Quatro Nobres Verdades e a maneira de permanecer sobre a transitoriedade e instabilidade de todas as coisas que é o nobre sendeiro óctuplo.
Assim, Gautama converteu-se em Buda. E tudo o que lhe aconteceu nessa noite foi a base de todo o ensinamento aos seus discípulos.
Tendo encontrado a origem de todo sofrimento, ele se propôs a difundi-lo a todas as pessoas receptivas naqueles tempos, pessoas, por outro lado, muito avançadas espiritualmente, capazes de atingir a iluminação momentaneamente, simplesmente escutando suas revelações de uma forma clara e simples.
A todos esses ensinamentos foi dado um nome: A Roda do Dharma ou da Lei, pois quem os leva ao fim conseguirá fazer-se Uno com a Lei, com o Pai, permanecendo além de nascimentos e mortes, de gozos e sofrimentos, sem egos, sem apegos, sem desejos. Alcançando, por fim, a Beatitude, o Estado de Buda.

Este texto pertence a : http://www.vopus.org

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Alexandra David-Néel










Alexandra David-Néel, pseudônimo de Louise Eugénie Alexandrine Marie David (Paris, França, 24 de outubro de 1868 — Digne-les-Bains, 8 de setembro de 1969) foi uma famosa escritora espiritualista, budista, anarquista, reformadora religiosa e exploradora francesa.
David-Néel viajou durante quatorze anos por todo o Tibete e foi reconhecida como a primeira mulher européia a ser consagrada lama. Tornou-se praticante de tumo, uma técnica essencialmente tibetana de aquecimento corporal por meio da meditação, e da criação de tulpas, criaturas imaginárias que, segundo os monges budistas, chegariam quase a se materializar no mundo real.
No decorrer de suas viagens e estudos escreveu mais de quarenta livros sobre o budismo.

1868-1904: infância e juventude

Nascida em Paris, mudou-se com a família aos seis anos para Ixelles. O pai de Alexandra foi professor (e militante republicano aquando da revolução de 1848, amigo do geógrafo anarquista Élisée Reclus), e a sua mãe era uma mulher católica que quis dar-lhe uma educação religiosa. Alexandra frequentou durante toda a sua infância e adolescência a casa do anarquista Élisée Reclus. Este levou-a a interessar-se pelas ideias anarquistas da época (de Max Stirner, Mikhail Bakunin...) e pelas ideias feministas que a inspiraram a publicar Pour la vie. Por outro lado, converteu-se em colaboradora livre de La fronde, uma publicação feminista administrada de forma cooperativa por mulheres, criada por Marguerite Durand, e participou em várias reuniões do «conselho nacional de mulheres francesas» ou italianas embora tenha recusado algumas das posições adotadas nestas reuniões (por exemplo, o direito ao voto), preferindo a luta pela emancipação a nível económico, que era, segundo ela, a causa essencial da desgraça das mulheres que não podiam desfrutar de independência financeira. Por outro lado, Alexandra foi-se afastando destas « amáveis aves, de preciosa plumagem », referindo-se às feministas procedentes da alta sociedade, que esqueciam a luta económica que a maior parte das mulher enfrentava.

1904-1911: como mulher casada

Em 4 de agosto de 1904 Alexandra casou em Tunes com Philippe Néel, conhecido no casino de Tunes, engenheiro-chefe dos caminhos-de-ferro tunisinos, de quem era amante desde 15 de setembro de 1900. Embora a sua vida em comum fosse por vezes tempestuosa, esteve sempre impregnada de respeito mútuo. A relação terminou definitivamente em 9 de agosto de 1911 com a sua partida para a segunda viagem à Índia (1911-1925). Não obstante, depois desta separação, ambos os esposos encetaram uma abundante correspondência que não acabaria senão com a morte de Philippe Néel em fevereiro de 1941. Infelizmente, desta correspondência só se conservam atualmente as cópias das cartas escritas por Alexandra; parece que as escritas pelo seu marido se perderam devido às tribulações de Alexandra na guerra civil chinesa, em meados da década de 1940.

Viagens e vida mística



Os seus interesses ideológicos atraíram-na desde cedo, por meio das famosas viagens. Com as largas estadias no Tibete foi adquirindo grande conhecimento dos lamas budistas. Alexandra chegou a passar longos anos de ensino e, muito curiosa, estava motivada a querer sempre ampliar o seu conhecimento.
Em especial, uma prática, um jogo perigoso, algo que não deveria nunca ter conhecido, foi o início do seu particular inferno. Alexandra mostrou-se muito interessada por uma prática budista denominada criação de um tulpa. Os lamas budistas advertiram-na que era uma aprendizagem nada recomendável, pois consiste na criação de um fantasma gerado através da nossa mente. Alexandra foi advertida de que estas criações poderiam tornar-se perigosas ou incontroláveis. Demasiado tarde, pois Alexandra estava fascinada com tal ideia e ignorou a advertência dos seus educadores.
Sob a criação do mundo segundo os lamas, o universo onde vivemos é uma projeção criada por nós mesmos, não havendo fenómeno que exista se não for concebido pelo espírito humano. Os tulpas são entidades criadas pela mente dos lamas e são geralmente utilizados como escravos. São figuras visíveis, tangíveis, criadas pela imaginação dos iniciados.
Alexandra afastou-se do resto dos seus companheiros e, uma vez isolada de tudo, começou a concentrar-se em tal prática. Viu no seu interior o que queria criar, imaginando um monge de baixa estatura e gordo. Queria que fosse alegre e de inocente atitude. Após uma dura sessão, aquela entidade apareceu frente a si.
A entidade era algo parecido com um robot: só realizava e respondia aos comandos da sua criadora. Com um sorriso fixo no seu rosto, o monge acedia sem recusa ao que ela lhe ordenava. Lamentavelmente, nem sempre foi assim e aquele tulpa começou a realizar atividades que não lhe tinham sido encomendadas. Tal era a independência daquele fantasma de aparência corpórea que os demais monges o confundiam com um mais. A sua criadora começou a sentir medo, pois aquela entidade começava a ser um ser com vontade própria.
À medida que ia sendo mais independente, os riscos físicos que aquele bonacheirão monge fantasma apresentava foram mudando. O seu afável sorriso foi dando lugar a uma face mais carrancuda, o seu olhar passou a ser malévolo e nada afável para todos os que conviviam com aquele estranho ser. A própria Alexandra sentia cada vez mais medo.
No seu livro "Mystiques et Magiciens du Tibet", de 1929, Alexandra David-Néel narra os seis duros meses que durou a inversão daquele processo, conseguindo que a sua criação se desvanecesse. Aquele monge tinha-se tornado insuportável e Alexandra tardou antes de conseguir inverter o processo. “Não há nada estranho na circunstância que possa ter criado a minha própria alucinação. O interessante é que nestes casos de materialização, outras pessoas vêem as formas de pensamentos criadas.”- declarou a antropóloga quando posteriormente lhe foi atribuída uma medalha de ouro pela Sociedade Geográfica de Paris e nomeada Cavaleiro da Legião de Honra.

Trabalhos
  • 1898 Pour la vie
  • 1911 Le modernisme bouddhiste et le bouddhisme du Bouddha
  • 1927 Voyage d'une Parisienne à Lhassa
  • 1929 Mystiques et Magiciens du Tibet
  • 1930 Initiations Lamaïques
  • 1931 La vie Surhumaine de Guésar de Ling le Héros Thibétain
  • 1933 Grand Tibet; Au pays des brigands-gentilshommes
  • 1935 Le lama au cinq sagesses
  • 1938 Magie d'amour et magic noire; Scènes du Tibet inconnu
  • 1939 Buddhism: Its Doctrines and Its Methods
  • 1940 Sous des nuées d'orage; Recit de voyage
  • 1949 Au coeur des Himalayas; Le Nepal
  • 1951 Ashtavakra Gita; Discours sur le Vedanta Advaita
  • 1951 Les Enseignements Secrets des Bouddhistes Tibétains (Ensinamentos secretos dos budistas tibetanos)
  • 1951 L'Inde hier, aujourd'hui, demain
  • 1952 Textes tibétains inédits
  • 1953 Le vieux Tibet face à la Chine nouvelle
  • 1954 La puissance de néant, by Lama Yongden (O poder do nada)
  • Grammaire de la langue tibetaine parlée
  • 1958 Avadhuta Gita
  • 1958 La connaissance transcendante
  • 1961 Immortalite et reincarnation: Doctrines et pratiques en Chine, au Tibet, dans l'Inde
  • L'Inde où j'ai vecu; Avant et après l'independence
  • 1964 Quarante siècles d'expansion chinoise
  • 1970 En Chine: L'amour universe! et l'individualisme integral: les maitres Mo Tse et Yang Tchou
  • 1972 Le sortilège du mystère; Faits étranges et gens bizarre rencontrés au long de mes routes d'orient et d'occident
  • 1975 Vivre au Tibet; Cuisine, traditions et images
  • 1975 Journal de voyage; Lettres à son Mari, 11 août 1904 - 27 decembre 1917. Vol. 1. Ed. Marie-Madeleine Peyronnet
  • 1976 Journal de voyage; Lettres à son Mari, 14 janvier 1918 - 31 decembre 1940. Vol. 2. Ed. Marie-Madeleine Peyronnet
  • 1979 Le Tibet d'Alexandra David-Neel
  • 1986 La lampe de sagesse
Ligações externas

domingo, 11 de setembro de 2011

Reiki






Os kanji rei e ki significam "espírito" e "energia"; desse modo, reiki pode ser traduzido como "energia espiritual".
Reiki é uma terapia baseada na canalização da energia universal (rei) através da imposição de mãos com o objetivo de restabelecer o equilíbrio energético vital de quem a recebe e, assim, restaurar o estado de equilíbrio natural (seja ele emocional, físico ou espiritual); podendo eliminar doenças e promover saúde.

Eficácia, Ciência e a Organização Mundial de Saúde

Apesar de variados relatos pessoais sobre sua eficácia, a reiki não é reconhecida pela medicina e pela ciência. Os estudos sérios realizados para investigar seus efeitos em grandes números de pacientes e com grupos controle, concluiram que as evidências são insuficientes para sugerir que reiki é eficiente para o tratamento de qualquer condição ou doença. [1]
Em Abril de 2008 foi publicada uma carta de Edzard Ernst (primeiro professor de Medicina Alternativa no mundo) pedindo que a Fundação do Príncipe do País de Gales para a Saúde Integrada retirasse de circulação dois guias que promoviam "medicina alternativa", visto que continham afirmações imprecisas, inclusive a de que reiki poderia ser usado para tratar doenças físicas, mentais e emocionais, visto que não existem evidências para isso. [2].
Há uma divulgação errada em sites e blogs de que a reiki é reconhecida como terapia alternativa complementar pela OMS (Organização Mundial de Saúde). A OMS nunca reconheceu reiki oficialmente, como relatado pelo próprio mestre de reiki que divulgou o suposto reconhecimento [1].


História


Aplicação de Reiki.

A sua prática assemelha-se com as práticas budistas de canalizar a energia universal pela imposição das mãos, redescoberta no Japão no início do século XX pelo Dr. Mikao Usui, e introduzida nos Estados Unidos da América por volta de 1940 pela Sra. Hawayo Takata, uma americana de origem japonesa.
A fonte de tal energia, aliás é motivo de grande polêmica entre os reikianos de variadas ordens do sistema. Os mais modernos, como a Mestre Americana Diane Stein acredita que a energia que flui pelo corpo do praticante e do receptor tem origem direta da Deusa (Deus), podendo ser complementada por energias de guias espirituais.
Como o conhecemos hoje, o Reiki é uma terapia holística natural que preconiza que, através da imposição de mãos do Terapeuta Reiki, irradiam-se as vibrações de harmonia da energia vital do Universo (Rei) para restabelecer o equilíbrio da energia vital (Ki) de quem o recebe, podendo refletir assim nas zonas doentes do corpo de um paciente.


Teorias e práticas

Algumas escolas ensinam que o Reiki entra nos seus praticantes através do sétimo chakra (a Coroa), preenche o sistema energético sutil do praticante, e após ser transubstanciada no chakra Cardíaco, flui através das suas mãos para o corpo de quem recebe.
Outras escolas ensinam que a energia entra através do primeiro chakra (raiz), preenche a aura, torna-se centrada no quarto chakra (coração) e flui através das mãos do praticante.
O Sistema de Reiki tradicional (Dr. Usui) ensina que a energia Reiki é uma energia inteligente, que "sabe o que fazer", ou seja, a energia sente a necessidade do paciente: muda de cor, e até de intensidade e segue para o local necessário. Também afirmam que, por outro lado, o ser humano possui o livre arbítrio, e caso o paciente não esteja aberto ao tratamento (predisposto a enfrentar as causas de suas emoções, vivências, pensamentos, sentimentos, e ações) a energia não fluirá: não terá efeito duradouro no organismo, podendo até mesmo ser bloqueada pelo paciente. Nesse caso, o desequilíbrio energético persistirá, assim como a raiz do problema íntimo.
Segundo a visão holística, as doenças são criadas antes no mundo sutil: se manifestam nas várias camadas da aura a terminar com a última manifestação física que é o corpo humano (denso). O Reiki atua nas camadas sutis da aura: age no mundo invisível, e quando remove o padrão energético do desequilíbrio em todas as camadas a manifestação física é a cura do paciente.



Meridianos


O tratamento é tradicionalmente efetuado ao impor-se as mãos. O Reikiano solicita ao paciente para deitar. Em seguida há a imposição das mãos do reikiano sobre o paciente. O reikiano atua como um canal para a energia Reiki, a energia flui da palma de suas mãos (chakra das mãos) para o corpo sutil e físico do paciente. Normalmente, o Reikiano aplica as posições do reiki que utilizam um esquema semelhante à posição dos meridianos e chakras da Acupuntura.
Alguns praticantes tocam no corpo, outros mantêm as mãos próximas (10 a 20 cm) do local a ser tratado. A energia reiki não possui barreira física: pode transpassar a barreira do tempo ( ser enviada ao passado, ao futuro ou no presente à distância- Técnicas ensinadas aos reikianos de maior graduação- e através de barreiras físicas: pode promover limpezas do ambiente. Ela é usada com muita eficácia nos animais de estimação posto que, as barreiras mentais à cura são menores que na maioria dos seres humanos.
Alguns pacientes relatam sentir várias sensações subjetivas e objetivas: calor, frio, pressão, sonolência, vibrações, etc. Os praticantes de Reiki atribuem estas sensações à energia Reiki chegando ao corpo e à aura de quem a recebe. É normal no início do tratamento o paciente sentir a reação de limpeza que consiste num agravamento do estado negativo do paciente, que cessa logo que o bloqueio seja totalmente retirado. Durante esse período- variável para cada paciente- é comum os sentimentos que estavam guardados como rancor, raiva, sonhos, medo, ou outros serem revividos- até afastamentos de amigos, namorados (as) ou pessoas perniciosas que prejudicavam a vida do paciente. Durante essa chamada desintoxicação energética é comum durante essa fase de alguns dias ou meses, a desistência de pacientes que não estejam preparados para liberar-se completamente dos problemas energéticos. Depois de passada essa fase, o paciente pode experimentar(dentro de suas permissões) livre dos bloqueios e o reiki é sentido como uma energia sublime do puro amor de Deus.
O reiki repara necessidades energéticas: desbloqueia nós dos canais energéticos, traz mais energia onde o fluxo era menor ou redistribui energia presa em algum local para o restante do corpo através do desbloqueio. Alguns pacientes nada sentem, outros relatam sentir muito pouca ou nenhuma alteração, mas é comum para a maioria a sensação de relaxamento ou sono.


Os cinco princípios do Reiki



Os preceitos do Reiki.
O que é considerado como princípios do Reiki, na verdade para os japoneses e antigos praticantes do Reiki é um Kotodama, ou conjunto de preceitos que devem ser repetidos pela manhã e pela noite por possuir uma alma e por isso possuir energias curativas. São eles:
Só por hoje:
Não se preocupe
Não se aborreça
Honre pais e mestres
Trabalhe honestamente
Seja gentil com todos os seres
Para Usui Sensei, estes ensinamentos deveriam ser tratados como mantras e por isso sempre recitados para que se possa alcançar paz e iluminação.


O Reiki como terapia

O Reiki é considerado como terapia alternativa e complementar aos tratamentos convencionais. O Reiki não é controlado pelos pensamentos do reikiano. O reikiano, não deve, segundo o Reiki Tradicional (Dr. Usui) manifestar sua energia pessoal em favor do paciente. A energia pessoal do reikiano (o Ki para os japoneses ou Chi para chineses) não deve envolver o paciente. O Reiki é que deve ser usado por ser Apolar e inteligente. Embora não se acredite que seja possível causar mal com o Reiki, (exceto em aplicações em fraturas que causam maior fluxo sanguíneo) é importante que reikiano reserve momentos para proteção energética que protegem seu sistema energético dos pacientes ou ambientes. Por isso, apenas é aconselhável para o reikiano atender ao público caso ele já tenha uma maior graduação no reiki e estágio com Mestre experiente.


Referências
  1. Lee, MS; MH Pittler, E Ernst (2008). "Effects of reiki in clinical practice: a systematic review of randomized clinical trials". International Journal of Clinical Practice.
  2. The Times (online), 17.04.2008: Prince of Wales's guide to alternative medicine ‘inaccurate’, página visitada em 7 de Setembro de 2011
Bibliografia
  • Daniel J. Benor (M.D.) "Spiritual Healing: Scientific Validation of a Healing Revolution", Vision Publications (MI), 2000. ISBN 1-886785-11-2
  • Petter, Yamaguchi e Hayashi, "Hayashi Reiki Manual: Traditional Japanese Healing Techniques from the Founder of the Western Reiki System", Lotus Press. ISBN 0-914955-75-6
  • Dr. Mikao Usui, Usui and Petter, "Original Reiki Handbook" Lotus Press, 2003, ISBN 0-914955-57-8
  • Reiki: the Science, Metaphysics and Philosophy, Dr. John & Esther Veltheim, Parama, 1995, ISBN 0-9645944-0-4
  • Consciência multidimensional & Reiki, Prof. Marco Aurelio Pinto da Fonseca, 1998, Karma Sherab Tharchin Publications, Fundação Biblioteca Nacional - Registro: 213.623 livro: 372 folha: 283 - 270 pgs.