Perde-se,
na noite dos tempos, a existência da Doutrina Esotérica. Conheciam-na
todos os grandes povos da antiguidade, tanto na Ásia como na África,
Europa, América e Oceania, segundo demonstra a universalidade de seus
símbolos, gravados em caracteres indeléveis, nos respectivos templos. E
quem houver penetrado nas profundezas dessa Ciência, lerá sempre as
mesmas verdades, tanto nos muros de Palenque, como nos de Luxor; nos
pagodes lavrados na entranha das rochas, na Índia, como nos restos
ciclópicos de toda a região mediterrânea, e nos colossos da existência
de raças e continentes submersos.
Os brâmanes da Índia, do mesmo modo que os Ioguis do mesmo País; os hierofantes do Egito, os profetas de Israel, os essênios cabalistas, os gnósticos, os druidas, os cristãos, como ainda, todos os filósofos e pensadores, possuíram Doutrinas Esotéricas, ou melhor, a mesma Sabedoria Infinita das Idades.
O Livro dos Mortos do antigo Egito contém a Doutrina Esotérica do Egito; a Filosofia Yoga, o Esoterismo da Índia; a Cabala, a dos hebreus. E assim por diante.
Pela tradição, tem Ela vindo até os nossos dias, embora com certas lacunas e erros, devido a falsas interpretações, pois, como já dizia o mesmo Jesus, "é por baixo da letra que mata, que deve ser descoberto o Espírito que vivifica".
Os ensinamentos da Doutrina Arcaica, por sua vez, dizia Blavatsky, tem uma origem divina, que se perde na noite dos tempos. E "origem divina" não quer dizer uma revelação feita por um Deus antropomorfo, em cima de uma montanha, cercado de raios e trovões, mas segundo o compreendemos, uma linguagem e sistema de ciência comunicado à Humanidade primitiva, por outra tão adiantada, que parecia divina aos olhos daquela.
Diz-se que, no começo, não havia necessidade de Mistérios Iniciáticos. O conhecimento (Vidya) era propriedade de todos, e predominou universalmente durante a Idade de Ouro ou Satya-Yuga. Segundo o comentário, "os homens não haviam ainda praticado o mal, naqueles dias de felicidade e pureza, por serem justamente de natureza mais divina do que terrena.
Porém, ao se multiplicarem rapidamente, múltiplas foram também as idiosincrasias do corpo e da mente. E o espírito encarnado manifestou-se em debilidade. Nas mentes menos cultivadas e sãs, enraizaram-se certos exageros contrários à natureza e consequentes superstições. Dos desejos e paixões, até então desconhecidos, nasceu o egoísmo, pelo qual abusaram os homens de seu poder e sabedoria, até que, finalmente, foi preciso limitar o número dos conhecedores". Assim, teve lugar a Iniciação e seus Mistérios.
Cada povo adotou um sistema religioso de acordo com a sua capacidade intelectual e necessidades espirituais. Porém, como os sábios prescindissem do culto e das simples formas, restringiram a bem poucos o verdadeiro conhecimento ("Muitos serão chamados e poucos os escolhidos"...).
A necessidade de encobrir a Verdade (donde o termo "Ísis velada"), para resguardá-la de possíveis profanações, fez-se sentir, cada vez mais em cada geração, e assim se converteu em Mistério.
Foi Ele, então, adotado entre todos os povos e países, procurando-se, ao mesmo tempo, evitar discussão a respeito, permitindo, entretanto, que nas massas profanas (os "impúberes-psíquicos") fossem introduzidas crenças religiosas esotéricas inofensivas, adaptadas, no começo, às inteligências vulgares - como "róseos contos infantis" - sem receio de que a fé popular prejudicasse as filosóficas e transcendentais verdades, ensinadas nos Santuários Iniciáticos, mesmo porque não devem cair no domínio público ("Margaritas ante porcus" ou "Não atireis pérolas aos porcos") as observações lógicas e científicas dos fenômenos naturais (tidos como milagres pelos ignorantes), conduzem o homem ao conhecimento das Eternas Verdades, destinadas a aproximá-lo dos umbrais da observação, livre de prejuízos, mais capaz, por isso mesmo, de melhor distinguir as coisas, não com os olhos físicos, mas sim, com os espirituais.
O grande místico hindu Sri Aurobindo teve ocasião de dizer em seu maravilhoso livro APERÇU ET PENSÉES, o seguinte:
"Cada religião ajudou a Humanidade. O paganismo aumentou no homem a luz da beleza, a largura e a altura da vida, a tendência para uma perfeição multiforme.
O Cristianismo deu-lhe uma visão de Caridade e Amor Divinos. O Budismo mostrou-lhe um nobre meio de ser mais SÁBIO, mais doce, mais puro. O Judaísmo e o Islamismo, como ser religiosamente fiel em ação, e zeloso na sua devoção por Deus. O Hinduísmo abriu-lhe as mais vastas e as mais profundas possibilidades espirituais.
Seria uma grande coisa se todas essas visões de Deus pudessem se abraçar (a Frente Única Espiritualista, pela qual vem batalhando a SOCIEDADE BRASILEIRA de EUBIOSE desde o seu início) e se fundir uma na outra; porém, o dogma intelectual e o egoísmo cultural barram o caminho.
Sim, todas as religiões salvaram um grande número de almas, mas nenhuma foi ainda capaz de espiritualizar a Humanidade. Para isso, não é o culto e a crença o necessário, englobando tudo que seja de desenvolvimento espiritual próprio".
Blavatsky, por sua vez, corroborou as nossas palavras: "O Teósofo não crê em milagres divinos nem diabólicos, nem bruxos, nem profetas, nem augúrios, mas, tão somente em Adeptos (Iniciados) capazes de realizar fatos de caráter fenomênico a quem julgar "por palavras ou atos" (isto é, aos que se fizerem dignos de tamanha honra...).
E é a razão porque, para os não iniciados nos referidos Mistérios, tais fenômenos não são mais do que "extravagâncias e fantasias". Mas, em verdade, "fatos estranhos" para os que com eles jamais se preocuparam. Não se deve, pois, negar, seja o que for, sem conhecimento de causa... Ou melhor, sem investigação própria.
São, ainda, de Blavatsky, as seguintes palavras:
"O estudante de Ocultismo (ou Teosofia) não deve professar religião alguma, embora deva respeitar qualquer opinião ou crença para chegar a ser um Adepto".
Seu único dogma, como "livre pensador" é o da Fraternidade Universal da Humanidade, sem distinção de crença, sexo, casta, cor, etc. Seu único e Supremo Mestre, o Eu-Interno ou Divino, o Espírito, cuja voz é da Consciência emancipada.
Quanto à Ciência oficial, tudo quanto julga como seu - do mesmo modo que as religiões, filosofias, línguas, seja o que for - já pertenceu à Teosofia (ou Ocultismo). Mas, infelizmente - como foi dito em outros lugares - se acha completamente adulterado. Desse modo, a Teosofia começa onde a Ciência oficial termina.
E é assim que a astronomia de hoje é a Astrologia de outrora; a Química, a Alquimia; a Medicina, a Magia Teúrgica, etc., etc.
Em resumo: se no grego tal Sabedoria tem o nome de TEOSOFIA, no sânscrito possui ela outros muitos; chama-se Sanatama-Dhârma, Gupta-Vidya, Brahmâ-Vidya, respectivamente Sabedoria da Lei, Ciência Secreta, Sabedoria Divina, ou ainda, Iluminação, Conhecimento, etc.
O mesmo termo Gnose não quer dizer outra coisa senão Iluminação, Conhecimento Perfeito, donde, Gnósticos, Iluminados, Sábios, etc.
Teósofos ou Néo-platônicos, ecléticos ou harmonistas, eram chamados os filósofos alexandrinos que, com Amônio Sacas, quiseram deduzir da Gnose, o estudo comparado das religiões, normas científicas de conduta.
Os brâmanes da Índia, do mesmo modo que os Ioguis do mesmo País; os hierofantes do Egito, os profetas de Israel, os essênios cabalistas, os gnósticos, os druidas, os cristãos, como ainda, todos os filósofos e pensadores, possuíram Doutrinas Esotéricas, ou melhor, a mesma Sabedoria Infinita das Idades.
O Livro dos Mortos do antigo Egito contém a Doutrina Esotérica do Egito; a Filosofia Yoga, o Esoterismo da Índia; a Cabala, a dos hebreus. E assim por diante.
Pela tradição, tem Ela vindo até os nossos dias, embora com certas lacunas e erros, devido a falsas interpretações, pois, como já dizia o mesmo Jesus, "é por baixo da letra que mata, que deve ser descoberto o Espírito que vivifica".
Os ensinamentos da Doutrina Arcaica, por sua vez, dizia Blavatsky, tem uma origem divina, que se perde na noite dos tempos. E "origem divina" não quer dizer uma revelação feita por um Deus antropomorfo, em cima de uma montanha, cercado de raios e trovões, mas segundo o compreendemos, uma linguagem e sistema de ciência comunicado à Humanidade primitiva, por outra tão adiantada, que parecia divina aos olhos daquela.
Diz-se que, no começo, não havia necessidade de Mistérios Iniciáticos. O conhecimento (Vidya) era propriedade de todos, e predominou universalmente durante a Idade de Ouro ou Satya-Yuga. Segundo o comentário, "os homens não haviam ainda praticado o mal, naqueles dias de felicidade e pureza, por serem justamente de natureza mais divina do que terrena.
Porém, ao se multiplicarem rapidamente, múltiplas foram também as idiosincrasias do corpo e da mente. E o espírito encarnado manifestou-se em debilidade. Nas mentes menos cultivadas e sãs, enraizaram-se certos exageros contrários à natureza e consequentes superstições. Dos desejos e paixões, até então desconhecidos, nasceu o egoísmo, pelo qual abusaram os homens de seu poder e sabedoria, até que, finalmente, foi preciso limitar o número dos conhecedores". Assim, teve lugar a Iniciação e seus Mistérios.
Cada povo adotou um sistema religioso de acordo com a sua capacidade intelectual e necessidades espirituais. Porém, como os sábios prescindissem do culto e das simples formas, restringiram a bem poucos o verdadeiro conhecimento ("Muitos serão chamados e poucos os escolhidos"...).
A necessidade de encobrir a Verdade (donde o termo "Ísis velada"), para resguardá-la de possíveis profanações, fez-se sentir, cada vez mais em cada geração, e assim se converteu em Mistério.
Foi Ele, então, adotado entre todos os povos e países, procurando-se, ao mesmo tempo, evitar discussão a respeito, permitindo, entretanto, que nas massas profanas (os "impúberes-psíquicos") fossem introduzidas crenças religiosas esotéricas inofensivas, adaptadas, no começo, às inteligências vulgares - como "róseos contos infantis" - sem receio de que a fé popular prejudicasse as filosóficas e transcendentais verdades, ensinadas nos Santuários Iniciáticos, mesmo porque não devem cair no domínio público ("Margaritas ante porcus" ou "Não atireis pérolas aos porcos") as observações lógicas e científicas dos fenômenos naturais (tidos como milagres pelos ignorantes), conduzem o homem ao conhecimento das Eternas Verdades, destinadas a aproximá-lo dos umbrais da observação, livre de prejuízos, mais capaz, por isso mesmo, de melhor distinguir as coisas, não com os olhos físicos, mas sim, com os espirituais.
O grande místico hindu Sri Aurobindo teve ocasião de dizer em seu maravilhoso livro APERÇU ET PENSÉES, o seguinte:
"Cada religião ajudou a Humanidade. O paganismo aumentou no homem a luz da beleza, a largura e a altura da vida, a tendência para uma perfeição multiforme.
O Cristianismo deu-lhe uma visão de Caridade e Amor Divinos. O Budismo mostrou-lhe um nobre meio de ser mais SÁBIO, mais doce, mais puro. O Judaísmo e o Islamismo, como ser religiosamente fiel em ação, e zeloso na sua devoção por Deus. O Hinduísmo abriu-lhe as mais vastas e as mais profundas possibilidades espirituais.
Seria uma grande coisa se todas essas visões de Deus pudessem se abraçar (a Frente Única Espiritualista, pela qual vem batalhando a SOCIEDADE BRASILEIRA de EUBIOSE desde o seu início) e se fundir uma na outra; porém, o dogma intelectual e o egoísmo cultural barram o caminho.
Sim, todas as religiões salvaram um grande número de almas, mas nenhuma foi ainda capaz de espiritualizar a Humanidade. Para isso, não é o culto e a crença o necessário, englobando tudo que seja de desenvolvimento espiritual próprio".
Blavatsky, por sua vez, corroborou as nossas palavras: "O Teósofo não crê em milagres divinos nem diabólicos, nem bruxos, nem profetas, nem augúrios, mas, tão somente em Adeptos (Iniciados) capazes de realizar fatos de caráter fenomênico a quem julgar "por palavras ou atos" (isto é, aos que se fizerem dignos de tamanha honra...).
E é a razão porque, para os não iniciados nos referidos Mistérios, tais fenômenos não são mais do que "extravagâncias e fantasias". Mas, em verdade, "fatos estranhos" para os que com eles jamais se preocuparam. Não se deve, pois, negar, seja o que for, sem conhecimento de causa... Ou melhor, sem investigação própria.
São, ainda, de Blavatsky, as seguintes palavras:
"O estudante de Ocultismo (ou Teosofia) não deve professar religião alguma, embora deva respeitar qualquer opinião ou crença para chegar a ser um Adepto".
Seu único dogma, como "livre pensador" é o da Fraternidade Universal da Humanidade, sem distinção de crença, sexo, casta, cor, etc. Seu único e Supremo Mestre, o Eu-Interno ou Divino, o Espírito, cuja voz é da Consciência emancipada.
Quanto à Ciência oficial, tudo quanto julga como seu - do mesmo modo que as religiões, filosofias, línguas, seja o que for - já pertenceu à Teosofia (ou Ocultismo). Mas, infelizmente - como foi dito em outros lugares - se acha completamente adulterado. Desse modo, a Teosofia começa onde a Ciência oficial termina.
E é assim que a astronomia de hoje é a Astrologia de outrora; a Química, a Alquimia; a Medicina, a Magia Teúrgica, etc., etc.
Em resumo: se no grego tal Sabedoria tem o nome de TEOSOFIA, no sânscrito possui ela outros muitos; chama-se Sanatama-Dhârma, Gupta-Vidya, Brahmâ-Vidya, respectivamente Sabedoria da Lei, Ciência Secreta, Sabedoria Divina, ou ainda, Iluminação, Conhecimento, etc.
O mesmo termo Gnose não quer dizer outra coisa senão Iluminação, Conhecimento Perfeito, donde, Gnósticos, Iluminados, Sábios, etc.
Teósofos ou Néo-platônicos, ecléticos ou harmonistas, eram chamados os filósofos alexandrinos que, com Amônio Sacas, quiseram deduzir da Gnose, o estudo comparado das religiões, normas científicas de conduta.
Texto extraído de: http://aluisionestelar.ning.com
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