A civilização etrusca era
uma raça de origem desconhecida do norte da península Itálica que
esteve diretamente ligada com a história de Roma e que seria, mais
tarde, integrada nas fundações do Império Romano. Muitas das suas
divindades listadas abaixo foram também adaptadas para a mitologia romana.
Durante a fase orientalizante
(quando já denominamos esta cultura como Civilização Etrusca), caracterizada
pelo contato com os colonos gregos e pelas contínuas permutas comerciais com
estes, os Etruscos acabam por absorver da civilização grega grande parte dos
elementos que se tornaram parte de sua própria cultura. Sendo assim, assimilam
também elementos da mitologia grega, ou pelo menos, um novo modo de conceber a
mitologia.
Só então as divindades da
civilização etrusca – até aquele momento simples entidades, espíritos divinos
de forma vaga e imprecisa – assumem o aspecto humano, isto é, se
antropomorfizam. Nesse momento surge também um panteão etrusco muito semelhante
ao grego, no qual podemos encontrar notáveis correspondências entre as
divindades de ambos os povos. No entanto, elas são postas ao lado de divindades
indígenas, nacionais, como a do deus Voltumna, que não tem nenhum
correspondente entre os deuses do Olimpo.
Quando os Etruscos foram
submetidos ao domínio de Roma, esta absorveu deles também a mitologia. Muitas
divindades que citaremos em seguida, de fato, foram integradas à mitologia
romana.
Dado que não existem fontes
literárias etruscas, mas apenas dois pequenos e incompletos textos, e apenas um
modesto número de inscrições, a língua etrusca não é completamente
compreendida. Os trabalhos de autores Latinos sobre os sobreviventes religiosos
etruscos teriam preenchido essa lacuna se, porventura, tivessem sobrevivido.
Qualquer discussão atual sobre a mitologia
etrusca deve ser considerada na base da publicação Prenestina cistae:
cerca de duas dúzias de fascículos do Corpus Speculorum Etruscorum que surgiram
recentemente. Mais especificamente, a mitologia etrusca e o culto de figuras
surgem referidos no Lexicon Iconographicum Mythologiae Classicae. As inscrições
etruscas receberam, no entanto, maior destaque numa recente apresentação de
Helmut Rix, Etruskische Texte.
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