JEAN BAPTISTE WILLERMOZ
Pelo Amado Irmão Sephariel - Hermanubis USA
Pelo Amado Irmão Sephariel - Hermanubis USA
Nasceu em Lyon em 10/07/1730,
morreu na mesma cidade em 20/05/1824, era filho de Claude e Caterin Willermoz,
comerciante da cidade. Devido às necessidades da família foi obrigado a deixar
os estudos aos 12 anos de idade para ajudar seu pai nos negócios, três anos
mais tarde ingressou como aprendiz numa loja especializada no comércio de
sedas.
Tendo aprendido a profissão,
instalou-se, aos 24 anos, por conta própria, pro-duzindo o comercializando
sedas. Havia sido iniciado na Maçonaria aos 20 anos de idade, dois anos depois
já era venerável da Loja, no ano seguinte, 1753, fundou sua própria Loja
Maçô-nica, A PERFEITA AMIZADE, a qual teve um rápido desenvolvimento realizando
estu-dos ocultistas e principalmente a alquimia.
Willermoz permaneceu Venerável
dessa Loja durante 8 anos, dedicava parte de seus recursos às obras de caridade
junto à comunidade, para o profano, era tido como um ho-mem sério, honesto,
enriquecido pelo trabalho com o comércio de sedas, cristão e freqüen-tador da
Igreja; pelos seus discípulos era admirado pela sua cordialidade e pela grande
dedica-ção aos trabalhos maçônicos.
Na própria família, outros
membros se interessaram pelo ocultismo: sua irmã mais velha, Claudine (Madame
Provensal), seus irmãos Antoine e Pierre-Jaques, seu sobrinho Jean Baptiste
Willermoz Neveu.
No meio ocultista era admirado
pela solidez de seus conhecimentos que eram praticados juntamente com um
pequeno grupo de esoteristas, escolhidos criteriosamente no seio da Maçonaria.
Durante sua longa existência,
Willermoz manteve correspondência com os principais ocultistas de sua época:
Martinez de Pasqually, Saint Martin, Joseph de Maistre, Savalette de Lange,
Brunswick, Saint Germain, Cagliostro, Dom Pernety, Salzman e outros ocultistas
alemães, franceses, ingleses, italianos, dinamarqueses, suecos e russos.
Em 21 de novembro de 1756, sua
Loja filiou-se à Grande Loja da França, com a evolução dos trabalhos, Willermoz
fundou uma Obediência, composta por 3 Lojas, tornou-se o primeiro Grão Mestre
da Grande Loja dos Mestres Regulares de Lyon. Em 1760 as 3 Lojas contavam com
62 membros: A PERFEITA AMIZADE: 30 membros, A AMIZADE: 20 mem-bros, OS
VERDADEIROS AMIGOS: 12 membros. Foi eleito presidente da GRANDE LOJA DOS
MESTRES REGULARES de Lyon, em 04/05/1760, o irmão Grandon, recebeu do Conde de
Clermont, o reconhecimento da Grande Loja da França e também o direito de
ocul-tar os Altos Graus Escoceses.
Willermoz elegeu-se Grão Mestre
da Grande Loja de Lyon em 1761 e 1762 mas não aceitou a renovação de seu
mandato em 1763 para que pudesse dedicar-se mais à parte oculta. Em 1763
fundou, juntamente com seu irmão Pierre-Jacques, o CAPÍTULO DOS CA-VALEIROS DA
ÁGUIA NEGRA, nele, entraram os irmãos mais instruídos das Lojas de Lyon. As
reuniões eram secretas para evitar a curiosidade dos demais irmãos, a admissão
de novos membros foi fechada, estudavam particularmente o simbolismo e a
importância dos di-versos níveis e os catecismos dos diferentes graus e
sistemas maçônicos.
Willermoz e seus companheiros não aprovavam os graus de vingança contidos em muitos sistemas maçônicos, com relação aos exterminadores da Ordem do Templo em 1313.
Os membros do Soberano Capítulo da Águia Negra, estariam ligados aos Ilumi-nados de Avignon, dirigidos por Dom Pernety, este, tinha contato com a Estrita Observância Templária, na Alemanha e provavelmente também com Dom Martinez de Pasqually e por seu intermédio, possivelmente, foi que Willermoz conheceu Pasqually e que se tornou Delegado Geral da EOT para a região de Lyon.
Willermoz e seus companheiros não aprovavam os graus de vingança contidos em muitos sistemas maçônicos, com relação aos exterminadores da Ordem do Templo em 1313.
Os membros do Soberano Capítulo da Águia Negra, estariam ligados aos Ilumi-nados de Avignon, dirigidos por Dom Pernety, este, tinha contato com a Estrita Observância Templária, na Alemanha e provavelmente também com Dom Martinez de Pasqually e por seu intermédio, possivelmente, foi que Willermoz conheceu Pasqually e que se tornou Delegado Geral da EOT para a região de Lyon.
Com a aprovação da grande loja da
França, os maçons de Lyon desenvolveram seus trabalhos sob o comando de sua
própria Grande Loja, Willermoz deixou o Grão-Mes-trado em 1763, tornando-se
simples Guarda-selos e Arquivista, nunca deixou de exercer al-guma função na
Maçonaria.
Willermoz acreditava, desde a sua
primeira admissão na Maçonaria, que Ela detinha o conhecimento de um objetivo
possível e capaz de satisfazer o homem honesto. Tra-balhos e estudos há mais de
vinte anos, uma correspondência particular intensa com os Irmãos mais
instruídos da França e do exterior e os arquivos da Ordem em Lyon,
forneceram-lhe os meios para encontrar os inúmeros sistemas, alguns mais
singulares que os outros.
Willermoz era em primeiro lugar,
um discípulo esforçado, dedicado aos estu-dos, em segundo, foi um grande
organizador de sistemas iniciáticos, grande pesquisador, ativo e prático; pela
relação com Dom Pernety, deu uma impregnação alquímica ao seu sistema ma-çônico
cujo objetivo era alcançar a iluminação, realizar a Grande Obra.
Em uma viagem à Paris, em maio de
1767, encontrou Bacon de la Chevalerie, substituto da Ordem dos Elus-Cohens do
Universo, no Grão Mestrado, foi nessa oportunidade que constatou pela primeira
vez com a doutrina de Martinez de Pasqually. Tinha 37 anos de idade quando foi
iniciado por Pasqually na Ordem dos Elus Cohens, em cerimônia realizada em
Versailles, proximidades de Paris.
Bacon colocou Willermoz em
contato também com outros irmãos, juntamente com seu irmão Pierre Jacques,
entraram na nova Sociedade, cujo chefe era Pasqually, um dos sete chefes
soberanos universais da Ordem, como ele próprio se apresentava. Iniciado há 18
anos na Maçonaria e possuidor de todos os seus graus, compreendeu que até
aquele momento nada sabia da Maçonaria essencial e que havia um vasto campo de
conhecimentos a percorrer.
Seus conhecimentos de alquimia,
uma ampla base de conhecimentos de simbo-lismo maçônico e do ocultismo em
geral, permitiram-lhe destacar-se rapidamente na Ordem dos Elus Cohens do
Universo. As teorias expostas por seu novo Mestre respondiam aos dese-jos
secretos que possuía e a tudo aquilo que sempre procurou. A nova Ordem detinha
prescri-ções particulares à seus discípulos, era vetado o consumo de sangue,
dos rins, e da graxa dos animais, recomendava a prática mundana com moderação e
duas vezes por ano praticavam um rigoroso jejum; abstinham-se de toda
alimentação algumas horas antes de seus trabalhos.
Pasqually concedeu-lhe o direito
de estabelecer uma Grande Loja do novo rito em Lyon e deu-lhe o título de
Inspetor Geral do Oriente em Lyon e fez com que entrasse como membro não
residente do Tribunal Soberano de Paris. Em 13 de março de 1768, Bacon de la
Chevalerie ordena Willermoz no Grau Rosa Cruz.
Willermoz iniciou longa correspondência com Pasqually, através da qual era instruído acerca das operações de equinócio e em relação aos trabalhos diários. Determinados irmãos iam de Bordeaux à Lyon para operarem com Willermoz. Os irmãos de Paris realizavam trabalhos a sós ou acompanhados por Pasqually, como o Mestre não tinha meios de estar pre-sente em todos os lugares ao mesmo tempo, havia irmãos descontentes, Willermoz procurou acalmar os irmãos, tanto os de Paris como os de Versailles e com tom moderado solicitou a assistência do Mestre em Bordeaux.
Todos aguardavam suas promessas, os discípulos impacientes esperavam a ma-nifestação do sinal do Reparador. O Mestre mandou que estudassem com mais perseverança ainda e que tivessem paciência e esperassem que a luz se faria presente no interior de cada um. Essa cobrança de que Willermoz foi o porta-voz, parece ter irritado o Mestre, que proibiu Wi-llermoz de realizar os trabalhos de determinado equinócio.
Desde 1768 Willermoz mantinha
correspondência com Saint Martin, na época secretário de Pasqually, formou-se
entre ambos uma forte amizade, estavam em início de car-reira iniciática e
ainda bastante imaturos na Iniciação Real.
Saint Martin reconfortava o líder
lyones, seu estilo elegante, seu fervor espiri-tual e seus conhecimentos de
ocultismo acalmaram a mente dos irmãos de Lyon, dando-lhes coragem e paciência.
Através de Saint Martin,
Willermoz em 11.07.1770, Pasqually falou-lhe de seus mestres, sendo ele próprio
apenas um intérprete, possuidor do terceiro grau de uma Ordem originária dos
Lendários Rosa Cruzes.
Willermoz encontrou nos novos
companheiros da Ordem dos Elus Cohens: Grainville, Champoleon, Bacon de la
Chevalerie, Saint Martin, entre outros, uma grande fé em Martinez de Pasqually,
na imortalidade da alma e na iluminação humana. Todos praticavam as técnicas
mágicas oriundas do sistema organizado por Pasqually; esperavam pacientemente o
desenvolvimento espiritual que se mostrava lento para todos os discípulos.
Aguardavam a presença do agente
incógnito, de la Chose, que deveria um dia manifestar-se no seu meio e
aportar-lhes os conhecimentos divinos.
Com a partida de Pasqually para
S. Domingos, a Ordem dos Elus Cohens co-meçou a declinar, Willermoz não esperou
o desaparecimento do Mestre para agir por conta própria. Da América o Mestre
escreveu-lhe colocando um fim em sua punição e dizendo-lhe que continuasse seu
trabalho com a dedicação demonstrada até aquele momento, porque aca-baria
obtendo o sucesso almejado nas operações.
Willermoz recebia encorajamento
de Grainville e de Champoleon no sentido de lhe pacientar, salientavam a
necessária distinção que se deve estabelecer entre o instrutor, falí-vel como
qualquer ser humano e a doutrina secreta, divina, pura, que ele nada mais fazia
de que interpretá-la.
A idéia de Willermoz de adaptar o
sistema da Ordem dos Elus Cohens do Uni-verso, de Pasqually, dentro da
Maçonaria, não era tarefa fácil. O sistema maçônico representa a Iniciação
Primitiva e é tão antigo como a própria raça humana. Sua ritualística está
inserida dentro de um contexto histórico, simbólico e iniciático.
Em 1771 recebeu instruções de
Saint Martin sobre a ordem e o método, Wi-llermoz era apegado à organização e
às experiências, ainda que se sentindo constantemente decepcionado pelos seus
insucessos. Willermoz necessitava de provas para afirmar seu espiri-tualismo e
sentia-se fascinado pelo cerimonial e pelo ritualismo. Saint Martin tentava
faze-lo acessível à voz interior.
Willermoz procurava obter por
carta, maiores esclarecimentos acerca dos pro-blemas que iam surgindo no
transcorrer de sua jornada iniciática. Os resultados positivos da iniciação não
apareciam tão rapidamente como os discípulos desejavam, era necessário muito
trabalho como em qualquer sistema de iniciação, para que surgisse alguma
manifestação de aprimoramento espiritual.
Difícil era encontrar adeptos capazes de professar uma Maçonaria espiritualista, havia homens dispostos a praticar a Maçonaria Ocultista tanto em Lyon, como em Metz, em Estrasburgo, em Paris, em Versailles; Willermoz mantinha contato com todos esses grupos de maçons.
Difícil era encontrar adeptos capazes de professar uma Maçonaria espiritualista, havia homens dispostos a praticar a Maçonaria Ocultista tanto em Lyon, como em Metz, em Estrasburgo, em Paris, em Versailles; Willermoz mantinha contato com todos esses grupos de maçons.
Os contatos com os grupos maçons
da Alemanha foram intensos a partir de 1772. Através do Venerável da Loja A
Virtude, de Metz: Meunier de Précourt, Willermoz ficou sabendo da sobrevivência
da Ordem do Templo na Alemanha através dos Cavaleiros Teutônicos, que era a
herança externa e dos Rosa-Cruzes, o legado interno.
Em 1772, Willermoz recebeu uma
carta da Loja La Candeur, de Estrasburgo, confirmando existir na Alemanha, uma
Obediência Maçônica rica pelo número e pela qualidade de seus membros, fundada
por Superiores Incógnitos e denominada Estrita Observância Tem-plária. Seu Grão
Mestre era o Barão de Hund e o objetivo: a prática das virtudes cristãs e o
desenvolvimento moral e espiritual de seus membros.
Tratava-se de uma Maçonaria
Templária e Ocultista, seus membros estudavam a Cabala, a Alquimia e o
Ocultismo em geral, Willermoz foi conquistado ao tomar conheci-mento dos
objetivos altruísticos e da seriedade dos seus trabalhos.
Em 24 de junho de 1772, a EOT
tornou-se Lojas Reunidas Escocesas e o Barão de Hund foi substituído pelo Duque
Ferdinand de Brunswick.
Em dezembro de 1772, Rodolphe de
Salzmann, Mestre dos Noviços do Diretó-rio de Estrasburgo, chega a Lyon para
fazer a iniciação de Willermoz e de seus companheiros, na Sociedade dos
Filósofos Desconhecidos, como Willermoz, Salzmann era um grande admi-rador do
sistema maçônico.
Paralelamente, Willermoz e Saint
Martin, que em setembro de 1772 havia se instalado em Lyon, na casa de
Willermoz, Trabalhavam juntos para o aperfeiçoamento do sis-tema maçônico, com
base na doutrina e no sistema oriundo da Ordem dos Elus Cohens e dos demais
sistemas existentes que conheciam. Willermoz pretendia através da Maçonaria, a
adap-tação dos ensinamentos secretos recebidos de Pasqually.
Saint Martin permaneceu um ano em
Lyon, seguiu depois para sua cidade natal e depois para Paris.
Em carta de 14.12.1772, Willermoz
pedia a sua filiação na EOT, o Barão Wei-ler respondeu-lhe em 18.03.1773, que
nada aceitariam que fosse contrário à sua religião de nascimento e a seus
deveres de cidadãos como fiéis súditos do Rei da França. Conservaram também a
ligação com a Grande Loja da França no que dizia respeito aos graus simbólicos;
a ligação com a Grande Loja da Alemanha foi estabelecida somente em relação aos
altos graus.
Em 1773, o Barão Weiler foi a
Lyon e iniciou Willermoz e seus companheiros na EOT, deixou instalada a Loja
Escocesa Retificada: La Bienfaisance, em condições de des-envolver
independentemente seus trabalhos, isso aconteceu no dia 07.11.1773.
Face à decadência da parte
externa da Ordem dos Elus Cohens, ocorrida a par-tir do ano de 1772, com a
partida de Pasqually para S. Domingos, Willermoz encontrou no sis-tema maçônico
um substituto à altura. Nesse novo sistema, pretendia espargir as luzes
re-cebi-das na senda interior dos Elus Cohens e receber também a manifestação
do Agente Invisí-vel; Willermoz retirou, a partir dessa época, os melhores
ensinamentos de suas operações e a luz começava a brilhar no seio das trevas.
Como a Ordem dos Elus Cohens, a Eot possuía dez graus, sendo: três simbóli-cos, três intermediários e quatro superiores, esta última classe, de origem templária.
Willermoz obteve a corrente de Jacob Boheme ao ser iniciado por Salzmann e confirmada na linha mais antiga dos Templários, ao associar-se com a EOT.
Como a Ordem dos Elus Cohens, a Eot possuía dez graus, sendo: três simbóli-cos, três intermediários e quatro superiores, esta última classe, de origem templária.
Willermoz obteve a corrente de Jacob Boheme ao ser iniciado por Salzmann e confirmada na linha mais antiga dos Templários, ao associar-se com a EOT.
Willermoz recebeu o grau de
Grande Professo no Convento de Gaules, reali-zado em Lyon entre 25.11.1778 a
10.12.1778, também conseguiu com Salzmann, que se in-troduzisse após o sexto
grau da EOT, os dois graus denominados: Professo e Grande Professo que
continham a doutrina da Ordem dos Elus Cohens.
A EOT da região de Auvergne
(Lyon) ficou conhecida pelo nome de Cavaleiros Benfeitores da Cidade Santa ou
Maçonaria Retificada. Os graus simbólicos ficaram sendo qua-tro: Aprendiz,
Companheiro, Mestre e Mestre Escocês; a classe superior ficou denominada:
Cavaleiro Professo e Grande Professo.
Willermoz, tendo conseguido
introduzir no sistema maçônico de Lyon, da EOT, a filiação espiritual e
doutrinária de Pasqually, tentou fazer o mesmo no resto das obediências
maçônicas.
No seu conceito, o RER tinha por
objetivo o estudo das ciências ocultas, pre-tendia unir o ocultismo com o
cristianismo, estudar o esoterismo do cristianismo, considerar a Cristo, o
Reparador; crê em Cristo porém renega a autoridade do Vaticano, de Catolicismo
de Roma.
No RER seus princípios aparecem
como cristãos, fundamentados nos evange-lhos. O Willermosismo tendeu sempre
para o agrupamento das fraternidades iniciáticas, à constituição de
coletividades de iniciados dirigidas por centros ativos religados ao
iluminismo.
No convento de Wilhemsbad, aberto
no dia 14.07.1782, Willermoz encontrou o apoio precioso dos dois príncipes
dignatários da EOT: os irmãos: Ferdinand de Brunswick, que presidiu o Convento,
e Charles de Hesse, recebeu a missão de organizar o RER e foi desi-gnado
Soberano Delegado Geral do Movimento para a região de Lyon.
Conseguiu também que todos os
irmãos da Ordem Interior recebessem o título de Cavaleiro Benfeitor da Cidade
Santa. E no novo conjunto de graus, no número de sete, continha todo o sistema
doutrinário de Pasqually, organizado inteiramente em Lyon através de:
Willermoz, Saint Martin, Grainville, Savaron e outros e que a partir do
Convento de Wi-lhemsbad passou a ser adotado igualmente em toda a Alemanha e
resto da França. O título "Cavaleiro Benfeitor da Cidade Santa"
originou-se do nome da Loja "La Bienfaisance", de Lyon, que abrigou
os primeiros cavaleiros.
Em 05.04.1785, Willermoz obteve
sucesso com as suas operações, a Coisa ativa e inteligente mostrou-se aos
homens. O Agente Incógnito, ser de natureza divina, teria ditado uma série de
instruções aos Irmãos de Lyon, através de uma sonâmbula: Madame de
Vallière:..." não rejeiteis a voz do Espírito Puro que se serve de uma mão
corruptível", teria dito o Agente.
Era a prova definitiva da
validade das cerimônias pela manifestação da Coisa, 13 anos após a partida de
Pasqually para S. Domingos. Willermoz não rejeitou a voz do Espí-rito Puro,
mensageiro da Divindade; seu grupo foi escolhido para ser o centro de
irradia-ção da Luz.
Com auxílio do Invisível,
Willermoz e Saint Martin adquiriram um lugar de des-taque na organização da
Maçonaria Retificada e da Ordem Interior; iniciaram adeptos de toda a França e
Alemanha, porém sabiam que o sucesso não seria fácil, Saint Martin disse à
Willer-moz: " o espírito é como o vento, ele sopra quando quer e como quer
e ninguém sabe quem ele é e de onde vem...".
Foi também no seio desta Loja que foram recrutados os membros do Conselho dos Onze que fundaram a Loja Elue et Cherie pela ação do Agente Incógnito, o mensageiro divino esperado desde o tempo de Pasqually.
Foi também no seio desta Loja que foram recrutados os membros do Conselho dos Onze que fundaram a Loja Elue et Cherie pela ação do Agente Incógnito, o mensageiro divino esperado desde o tempo de Pasqually.
No dia 10.04.1785, Willermoz
comunicou aos onze irmãos de sua Loja La Bi-enfaisance, que ela passaria a
denominar-se Loja Elue et Cherie, centro de uma nova socie-dade. Os irmãos
escolhidos pelo Agente foram: Willermoz, Pagannuci, Graiville, Millancia,
Monspey, Savaron, Braun, Périsse-Duloc, Castellas, Rachain, Antoine Willermoz.
Havia um décimo segundo irmão que estava ausente dos trabalhos e o Agente disse
que ele ainda não podia ser designado porque seu coração estava muito ocupado
com os negócios profanos. Tudo leva a crer que se tratava de Saint Martin.
Willermoz falava sobre a
iniciação: Aquele que me a transmitiu não é um ser inspirado interiormente, nem
um magnetizador previlegiado, nem um ser versado nas iniciações antigas, que
conhece muito menos que nós.
É um ser que goza de todos os
sentidos ao escrever, que escreve quando lhe fazem pegar na pena, sem saber
nada do que escreverá, nem a quem escreverá. Uma potência invisível, que não se
manifesta a ele senão por diversas partes de seu corpo, toma a mão como se toma
a mão de uma criança de três anos, para lhe fazer escrever o que se deseja. Ele
não pode conduzir a ação, mas pode resisti-la por ato de sua vontade, que então
pára de escrever; ele lê então o que sua mão escreveu e é o primeiro admirador
do que vê, muitas vezes nada compreende de que escreveu, foi prevenido, desde o
tempo que esse dom extraordinário co-meçou a se manifestar nele, que escreveria
coisas que não deveria compreender porque não foram escritas para si, mas para
aqueles a quem elas se destinavam.
O próprio Agente tinha seus
superiores, "as potências celestes superiores ou secundárias" que
dirigiam seus trabalhos e faziam-no escrever. Eram depósitos de conhecimen-tos
admiráveis, uma doutrina da verdade.
A revelação e o desenvolvimento
dessa doutrina deveria continuar, através do Agente, desde que se formasse uma
nova sociedade secreta de Iniciação, cujos membros esco-lhidos individualmente
pelo Agente, seriam os obreiros da décima primeira hora, os sucessores dos
Apóstolos e dedicados à Grande Obra; seriam os precursores de um novo amanhã,
homens regenerados pela fé e pelo trabalho.
A reunião havia sido realizada na
casa de Savaron, onde Willermoz também dissertou sobre os quatro cadernos de
instrução ditados pelo Agente. " Informei-vos do que se passou, de vossa
eleição pessoal, do destino atribuído a esta nova Sociedade. Esforcei-me,
confesso, em vos comunicar a persuasão e a confiança de que venho de ser
comulado. Ao as-pecto desse depósito maravilhoso, ficaste tão admirados quanto
eu... A Iniciação que ele for-necia e a forma que ele a apresentava vos
pareceram um prodígio e vós permanecestes toma-dos de admiração e
reconhecimento. ..assim a nova Sociedade de amigos foi fundada.
Os Iniciados da nova Sociedade
não eram recrutados apenas em Lyon, um mês depois, Willermoz viu-se obrigado a
aumentar sua correspondência com pessoas residentes em outras cidades. Dois
amigos de Saint Martin foram iniciados: o Visconde de Saulx-Tavannes e o Saxon
Tieman. Seguindo o apelo do Agente, Willermoz contatou o Cavaleiro de Barberin,
Ferdinand de Brunswick e Charles de Hesse. Em 30.06.1785, a Sociedade possuía
trinta mem-bros.
Quando o Abade Fournier, último secretário particular de Pasqually, soube do sucesso dos trabalhos de Lyon, partiu para essa cidade, porém, chegando à Lyon, não foi re-cebido no Templo, porque os altos graus na Ordem dos Elus Cohens nada valiam na nova So-ciedade e também porque somente seriam iniciados novos membros mediante convite especial do próprio Agente.
A decepção tocou também o Dr. Archbold, que foi também rejeitado. Essas pessoas teriam desencadeado uma série de intrigas que abalou a Sociedade.
Quando o Abade Fournier, último secretário particular de Pasqually, soube do sucesso dos trabalhos de Lyon, partiu para essa cidade, porém, chegando à Lyon, não foi re-cebido no Templo, porque os altos graus na Ordem dos Elus Cohens nada valiam na nova So-ciedade e também porque somente seriam iniciados novos membros mediante convite especial do próprio Agente.
A decepção tocou também o Dr. Archbold, que foi também rejeitado. Essas pessoas teriam desencadeado uma série de intrigas que abalou a Sociedade.
Willermoz parou de remeter sua
contribuição ao Abade Fournier.
Saint Martin também ficou sabendo
da notícia, partiu de Paris, em junho de 1785, levando consigo uma bíblia em
hebraico e um dicionário, para entreter-se na viagem. Pelo que se pôde perceber
ele teria tido previamente contato com o Agente, porém ele teria agido como
precursor não autorizado em relação ao Agente Incógnito e publicado seu livro:
Dos Erros e da Verdade, sem autorização e com o pseudônimo de Filósofo
Desconhecido. O próprio Saint Martin esclareceu esse ponto: "Eu sei que,
em meu foro íntimo, a publicação de meus escritos jamais teve meu próprio
assentimento completo. O erro que cometi em me dei-xar conhecer não em pareceu
comparável ao de ter escrito. Este último erro ofendeu "La Chose" por
me colocar em seu lugar, sem sua ordem; o outro erro não expunha senão minha
pessoa".
Saint Martin acabou por alcançar
a Graça da Reconciliação, porque os homens não são castigados eternamente. Após
ter aceito o Agente como sinal da Divindade, foi rece-bido em julho de 1785,
segundo as leis do Agente, sob o nome de Eques a Leone Sidero, no seio da Loja
Elus et Chérie, permaneceu em Lyon até janeiro de 1786.
De abril a dezembro de 1785,
cento e vinte cadernos foram escritos, somente trinta e um foram escolhidos por
Willermoz para serem copiados pelos irmãos e servirem de instrução aos novos
membros.
A Doutrina da Verdade ensinava
que Phaleg deveria ser reverenciado como fundador da Maçonaria, no lugar de
Tulbacain. Phaleg teria reagrupado pela primeira vez ho-mens em Lojas. Esta
palavra Loja, ensinou o Agente, teria se originado da palavra primitiva Logos
ou Verbo. O Agente trouxe um reconhecimento divino às Lojas. Lyon tornou-se o
de-pósito e centro dessa bem-aventurada Luz, que a partir desse local,
propagou-se por toda a Província, pela França e outros países.
Vários Homens de Desejo foram
chamados em presença dos Martinistas de Lyon e se submeteram às formalidades de
Iniciação na nova Ordem.
Saint Martin ajudou Willermoz a
colocar em ordem os Cadernos de Instrução dos irmãos. Entre 1785 e 1787, foram
iniciados várias pessoas, oriundas de inúmeras localida-des, a organização dos
círculos de Iniciados em Lyon, recebia a inspiração do Agente, o Supe-rior
Incógnito.
Desde a revelação, no dia 5 de
abril de 1785, Willermoz, com 54 anos de idade, não cessou de trabalhar,
inspirado pelo Agente, procurava suscitar nos corações de seus Inici-ados, não
apenas o conhecimento das coisas transcendentais, mas a convicção de que
entravam em uma Loja onde a Luz estava presente e cuja aliança com a Divindade
fazia irradiar dessa Loja a Luz dos últimos tempos sobre todas as nações, e que
os Maçons Retificados de Lyon formavam os elementos do novo templo escolhido.
Esperando a conclusão da Grande
Obra, os Iniciados de Lyon deveriam praticar as virtudes ensinadas pelo Agente
Incógnito, antes de pretenderem propagar a doutrina por todo o Universo.
A fraternidade reinante entre os
irmãos castigava os recém-chegados, Gaspar de Savaron, Millanois e
Périsse-Duloe salientavam-se por sua cordialidade em relação a todos os irmãos;
o próprio Willermoz mostrava-se um mestre afável e hospitaleiro, irradiava
amizade entre todos os irmãos.
No dia 10 de abril de 1786, os Iniciados de Lyon comemoravam o primeiro aniversário de fundação da nova Sociedade, alguns dias após, o Agente revelou que em três anos sua ação seria renovada e que um ser providencial faria a Sociedade entrar em uma fase decisiva: "Recebeis, como bons estudantes, as lições de Maria ainda no segundo ano, mas no terceiro, Jesus Cristo tornar-se-á vosso mestre. Sua sábia voz escolheu o "tipo" entre vóz".
No dia 10 de abril de 1786, os Iniciados de Lyon comemoravam o primeiro aniversário de fundação da nova Sociedade, alguns dias após, o Agente revelou que em três anos sua ação seria renovada e que um ser providencial faria a Sociedade entrar em uma fase decisiva: "Recebeis, como bons estudantes, as lições de Maria ainda no segundo ano, mas no terceiro, Jesus Cristo tornar-se-á vosso mestre. Sua sábia voz escolheu o "tipo" entre vóz".
Em abril de 1786, Willermoz
colocou a disposição dos irmãos o Caderno de Instrução nº 131.
Os três primeiros anos foram de
muita expectativa para todos os Iniciados de Lyon, porque aguardavam o novo
Mestre Incógnito. Esperavam todos os amigos íntimos de Willermoz: Gaspar de
Savaron, Grainville, Saint Martin e à distância: Charles de Hesse, Ferdi-nand
de Brunswick, Bernard Turkheim, banqueiro e maçom ativo de Estrasburgo, amigo
ín-timo de Salsmann.
O Agente teria também prometido
comentários inéditos sobre a Bíblia e sobre os escritos dos primeiros Padres da
Igreja. Até 1788 nada de novo ocorreu, o Agente suspen-deu sua ação e isto fez
com que alguns discípulos ficassem com a fé abalada. Um dos irmãos, o Conde de
Tavannes, apresentava de vez em quando, crise de nervos, ele tinha sido
encarre-gado pelo Agente, de procurar um manuscrito grego, que apresentava
revelações sensacionais e que estaria depositado na Biblioteca Imperial.
Tavannes tentou encontrá-lo mas não teve sucesso e responsabilizou as doutrinas
da Iniciação Lyonesa pelo seu estado de saúde. Saint Martin tinha previsto que
esse acidente, bem como a falta de comunicação do Agente, iria abalar a
reputa-ção dos Iniciados de Lyon.
Com efeito, os Iniciados de
Estrasburgo começaram a vacilar na senda, através das dúvidas lançadas por
Bernard de Turkheim, voltaram todos sua atenção para os príncipes alemães. Em
18 de junho de 1788, o Grão Mestre da Maçonaria Retificada, o Duque de Havré,
depositou em Lyon, junto a Willermoz, sua demissão; em vão Willermoz tentou
convencê-lo da realidade dos trabalhos, da sinceridade de intenções de todos os
irmãos de Lyon.
"Infelizmente, escreveu
Willermoz a Saint Martin, por essa época, aquele que recebeu a ordem de velar
pelo Agente, de falar a todos em seu nome, tendo as vezes que gritar para
melhor se fazer ouvir, não deixou de ser, para alguns, senão um usurpador que,
ao abusar dos mistérios, aproveitava-se das circunstâncias para dominar seus
irmãos... Seu cargo excitou murmúrios secretos, ciúmes... Outros preferiram
duvidar de sua missão, porque ele não a man-tinha por prodígios que lhes
pareciam necessários para ser acreditado."
Saint Martin, profundo conhecedor
do caráter de Willermoz, vivendo na sua intimidade há quase vinte anos,
acentuou suas atividades após julho de 1785, os Cadernos de Instrução passaram
a ser copiados por ele.
Em 10 de outubro de 1788,
Willermoz convocou uma assembléia extraordinária para tentar reconquistar a
confiança dos Iniciados; não teve sucesso. Em dezembro de 1789, Saint Martin
pediu demissão de Loja Maçônica de Lyon.
O Agente reapareceu em 1790,
mandou destruir 80 Cadernos de Instrução, que não tinham sido copiados pelos
irmãos, porém, entre 1790 e 1791 o Agente ditou mais 40 ca-dernos, tratando de:
orações, liturgia, leis sobre a natureza, comentários sobre a Bíblia, etc. Em
1798, surgiu um caderno comentando criticamente as obras do Saint Martin: Dos
Erros e da Verdade, A Tábua Natural, O Homem de Desejo, O Novo Homem, O Homem
Espírito.
Em 1793, quando eclodiu a
Revolução Francesa, o terror tomou conta da ci-dade de Lyon, Virieu
desapareceu, Millanois, Grainville e o veterano Guilaume de Savaron (irmão de
Gaspar de Savaron), oficiais do exército em Lyon, foram condenados pelo
tribunal e fuzilados; Antoine Willermoz e Bruyzet foram guilhotinados. A obra
maçônica de Willermoz sofreu a perseguição da Revolução, muitos Templos
Retificados ou Cohens foram obrigados a fecharem as portas. O sistema maçônico
Retificado dos CBCS passou para a Suíça, fugindo dos Revolucionários e depois
de Napoleão, dando origem ao Sistema Retificado Moderno, mais tarde esse
sistema voltou à França e recentemente à Alemanha.
Muitos fugiram para a Suíça,
alguns para o campo, o grupo de Iniciados de Lyon ficou praticamente extinto,
Willermoz foi à uma casa retirada onde se reuniam os Inicia-dos e em dois baús
colocou os arquivos e os trouxe para a cidade, no dia seguinte aquela casa
ficou reduzida a cinzas.
Na casa onde se alojava em Lyon,
caiu uma bomba que atingiu um dos baús, desmanchando-o com todos os documentos,
Willermoz fugiu levando o que restava dos do-cumentos e colocou-os em mãos
seguras; parte deles ficaram com seu sobrinho Jean Baptiste Willermoz Neveu.
Willermoz, como Périsse, seguiu
as funções de caridade em hospitais e escapou da condenação, ação de seu irmão
Pierre-Jaques Willermoz, médico, foi decisiva para salva-lo da Revolução.
Passada a tormenta
revolucionária, graças aos rituais que havia salvo, Willer-moz reorganizou a
Maçonaria Espiritualista, até a morte procurou como objetivo, as práticas da
virtude e da caridade e com que as Lojas e Capítulos fossem centros de seleção
para os grupos de Iluminados.
A primeira parte de sua obra era
clara, a segunda, oculta, Willermoz continuou sua obra sobre a terra, 19 anos
após a partida de Saint Martin para o Mundo Invisível (1803), os dois Adeptos
completavam-se, Willermoz destacou-se pelo seu dinamismo e pela capaci-dade de
organização, usava a Maçonaria como centro de recrutamento para a Ordem
Interior. Saint Martin, mais intelectual, procurava em todos os meios onde se
encontrava, os Homens de Desejo para colocá-los em Sua Senda Interior.
Willermoz escolheu a Maçonaria como base fundamental para preparar o Iniciado e
colocá-lo em condições de marchar na Senda da Luz entre as duas colunas, até
chegar ao Oriente, onde encontrará a coluna invisível que o ligará com a
Divindade.
Para Willermoz, como para Saint
Martin e demais Mestres do Ocultismo Oci-dental, a Iniciação Real é um trabalho
eminentemente pessoal, interior.
O Homem ao encarnar ficou com o
espírito por desenvolver a partir de uma centelha espiritual. O receptáculo é a
Alma Humana, a Pedra Bruta que deverá ser transfor-mada e inserida na obra de
construção do Templo Universal, a Jerusalém Celeste das almas regeneradas e
imortalizadas pelo Verbo Divino.
Poucos anos, antes de sua morte,
confiou os arquivos à seu sobrinho, seu Inici-ado, posteriormente foram legados
à Élie Steel e depois à Papus (1895).
Após sua morte subsistiram Lojas
de seu sistema trabalhando com êxito em toda a França, Alemanha e Itália.
Fonte: www.hermanubis.com.br
JEAN BAPTISTE WILLERMOZ . Pelo Amado Irmão Sephariel - Hermanubis USA
ResponderExcluirinformação é muito útil, eu gostei este artigo
----
jogos do friv | jogos de friv | jogos friv |
Obrigado pela leitura!
Excluir